Há quatro anos, nas eleições municipais de 2016 apenas uma mulher disputou a Prefeitura de Jundiaí.
Marilena Negro, do PT, terminou em quarto lugar com 1,91% dos votos e obteve quase 4 mil votos.
Neste eleição a participação das mulheres na disputa pela cadeira aumentou 200%.
São três pré-candidatas que já tiveram seus nomes confirmados pelas convenções partidárias: Márcia Pará(Democracia Cristã); Cíntia Vanessa(PSOL) e Daniela da Camara(PT).
Hoje se deu início às entrevistas feitas pela “Jundiaí agora” com as pré candidatas, começando por Márcia Pará.
Para todas pré-candidatas foram enviadas as mesmas perguntas.
O intuito destas entrevistas feita pelo site local é mostrar como as mulheres veem o aumento da participação na política local.
Na entrevista publicada hoje a pré candidata à prefeitura, Márcia Pará, conta um pouco da sua trajetória.
Ela relata que está na política há nove anos e que o motivo dela entrar dela ingressar foi a prisão da mãe por falta de alvará em uma banca de churrasco na rua.
Márcia dá ênfase de que no seu partido (Democracia Cristã) as mulheres equivalem a 50% da chapa ao legislativo, o que foge ao tradicional de 30%.
“Na primeira vez que me candidatei na vida sofri muito preconceito por não ser cotista. Eu era a única candidata que estava realmente na rua pedindo votos em Jundiaí, em 2014. Nem o partido que eu estava na época me apoiava. Só queriam mulheres para cumprir a cota determinada pela Justiça Eleitoral. Não estavam preocupado com uma causa. Mesmo assim eu fui a todas as sabatinas para incentivar as mulheres.” relata.
Ela demonstra felicidade ao ver o crescimento de interesse das mulheres na política e complementa que esse número poderia ser maior, mas que ainda existe muito receio e falta de apoio dos seus partidos políticos.
Ao ser perguntada sobre a existência de diferença entre a mulher política e o homem político ela diz:
“Sim. Há estudos científicos, que dizem que as mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Um exemplo é que conseguimos trabalhar fora, cuidar dos afazeres domésticos, cuidar dos filhos e da família e ainda conseguimos nos envolver em causas sociais. Inclusive as mulheres são mais sensíveis às causas sociais, pelo instinto materno que temos. Os homens têm suas qualidades e seus valores, mas são diferentes de nós mulheres.”
Amanhã será publicada a entrevista com a pré-candidata do PSOL.