Uma diligência conduzida pela Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), com apoio da Superintendência da Receita Federal no Ceará, resultou na apreensão de mais de 51 kg de maconha em um imóvel localizado no município de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. O trabalho policial aconteceu nessa terça-feira (6) e culminou ainda na prisão em flagrante de um homem. Detalhes da ação conjunta foram repassados em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (8), na sede da DCTD, no bairro de Fátima, em Fortaleza.
Por meio de uma troca de informações entre os setores da inteligência da DCTD e da Receita Federal, as equipes trabalharam num endereço, em Caucaia, apontado como local para recebimento da droga. Os policiais civis montaram uma operação com o objetivo de apreender o material e prender a pessoa responsável pelo recebimento do conteúdo ilícito. No local, um homem de 21 anos, sem antecedentes criminais, foi preso e conduzido para a sede da DCTD para prestar esclarecimentos. Após depoimento, o suspeito foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.
Após transportar os tabletes de entorpecentes do imóvel para a DCTD, os policiais civis contabilizaram um total de 51.163 kg. Uma amostra da droga foi encaminhada para a Coordenadoria de Análise Laboratorial Forense (Calf) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), onde será analisada para definir o tipo de droga, já que o material tem características semelhantes ao skunk, um tipo de droga derivada da Cannabis, a planta da maconha. Os trabalhos policiais seguem em andamento com intuito de identificar mais pessoas envolvidas com o tráfico de drogas na região.
Dinâmica policial
Presente na coletiva de imprensa, o delegado geral da Polícia Civil do Ceará, Marcus Rattacaso ressaltou o reforço na dinâmica policial característica da instituição cearense no que diz respeito ao combate ao crime organizado a partir das investigações do tráfico de drogas para desarticular grupos criminosos que se beneficiam com a atividade ilícita, levando ao acirramento entre grupo rivais e desencadeando a prática de diversos outros crimes, como o homicídio.
“A disputa territorial das organizações criminosas se dá basicamente pela hegemonia do tráfico de drogas. Quando a Polícia prende os integrantes desses grupos e apreende o veículo desse mercado (as drogas) nós estamos dando uma pancada grande nessas organizações criminosas. A Polícia Civil vem combatendo fortemente os chefes dessas organizações, a exemplo de várias operações recentes que foram realizadas. Agora estamos numa frente de ataque, combatendo o que está motivando a disputa territorial, que é exatamente o tráfico de drogas, ou seja, a hegemonia do local para o exercício e a exploração do tráfico de drogas. Esse é um dos resultados dos vários que advirão ainda este ano”, disparou o chefe da polícia judiciária estadual.
No mesmo sentido da fala do delegado geral, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE), Márcio Gutierrez acredita na importância do aprofundamento das investigações no sentido de descapitalizar e desestruturar as organizações criminosas. “Esse aqui é o primeiro passo: tirar a droga de circulação e prender fornecedor, intermediário, receptador do material, mas também descapitalizar essas organizações. Elas acabam disputando territórios do tráfico de droga e, com isso, essa comercialização de drogas e a disputa entre esse comércio acaba fomentando a prática de crimes violentos. Não só entre eles, mas também contra a sociedade.
E completa: “A retirada desse material de circulação e também o que vai ocorrer no futuro, no decorrer dessa investigação, é no sentido de descapitalizar e desestruturar esse comércio e essas organizações. Isso é extremamente importante para reduzir todos os índices de crimes violentos no Estado”.
Denúncias
A população pode colaborar com os trabalhos investigativos repassando informações que tenha conhecimento sobre o tráfico de drogas e de suspeitos com envolvimento na atividade ilícita. As denúncias podem ser feitas para o (85) 3472-1560, da DCTD, que também disponibiliza o mesmo número como WhatsApp. O sigilo e o anonimato são garantidos.