Após um mês em Vila Nova de Gaia (Portugal) como parte da Missão Europa (programa do Comitê Olímpico Brasileiro que leva atletas a treinarem no Velho Continente) a seleção brasileira feminina de tênis de mesa (formada por cinco atletas) encerrou o período de treinos.
As experientes Bruna Takahashi, Carol Kumahara e Jessica Yamada permaneceram no Velho Continense. Já Giulia Takahashi e Laura Watanabe regressaram ao Brasil junto com Hugo Hoyama, ex-atleta que está no comando da equipe nacional desde 2013. Já no Brasil, ele conversou com a Agência Brasil.
Agência Brasil: Como foi o período de treinos em Portugal?
Hugo Hoyama: As meninas estavam sofrendo no Brasil sem a possibilidade de treinar normalmente. Em Portugal, o período foi muito proveitoso. Com espaço de alto nível. Os treinadores portugueses colaboraram demais. O idioma também ajudou. Do primeiro ao último dia pudemos aproveitar ao máximo.
Agência Brasil: Você voltou, mas as principais atletas permaneceram lá. Qual a importância desse intercâmbio?
Hoyama: O grande ganho é manter o ritmo de treinamentos e de jogo. Para mim, foi importante demais ter esse mês junto com elas. Foi a primeira vez. Antes, nos reuníamos apenas alguns dias antes das principais competições. Elas treinam nos clubes e, como não temos um CT no Brasil, ficamos distantes. Mas essa troca de experiências na Europa vai ser vital para que eu consiga ter a melhor noção dos pontos nos quais posso colaborar.
Agência Brasil: Em dezembro do ano passado, Bruna Takahashi atingiu o top 50 mundial. Atualmente, ela é a 47ª. Qual a importância desse feito?
Hoyama: Ela tem muita força e sede para buscar ainda mais conquistas. Sempre fala que deseja chegar no top 10. Tenho certeza de que pode chegar lá. Mas é preciso manter esse nível de treinamento, foco e concentração.
Agência Brasil: Em Tóquio você participará de sua oitava edição dos Jogos (seja como atleta ou treinador). Qual a sua emoção neste momento?
Hoyama: Comecei a jogar em São Bernardo do Campo (SP). Mas o Japão é minha segunda casa. Fiz um intercâmbio quando estava com 15 para 16 anos. Foi um grande passo para minha entrada na seleção. Quase todo ano ia para lá. Sempre deixei as portas abertas. Pude levar as meninas para treinamentos lá.