Inicialmente gostaria de agradecer aos 1.813 ( mil oitocentos  e treze)  amigos que votaram no 31.190 e que acreditaram no projeto. Fizemos uma campanha sem dinheiro, sem tempo de televisão, sofrendo ataques virtuais de diversas maneiras, mas resistimos bravamente e chegamos até o final. Eleição se ganha na rua e na boca da urna. Perdemos para o poder econômico e para desorganização de nossa corporação.

Passei a campanha falando de projetos e deixando claro que tinha chances reais de me eleger com uma votação entre 08 (oito) e 10 (dez) votos. Infelizmente não acreditaram. O Lira de São Sebastião foi eleito com um pouco mais de onze mil votos e faltou pouco mais de 2 (dois) mil votos para fazermos o segundo colocado que teve menos de 5 mil votos em nossa coligação. Cansei de avisar que o DEM do Poliglota não tinha nomes expressivos e que não atingiriam o Quociente eleitoral. Também cansei de avisar que o PSD do Cleyton do NCP não atingiria o quantitativo de votos em decorrência dos nomes inexpressivos na coligação. Ninguém acreditou. Jogamos mais de 7 (sete) mil votos literalmente no lixo, pois os partidos não fizeram nenhum deputado e não atingiram o quociente eleitoral. Falamos aqui que outros também não tinham chance em decorrência dos caciques. Acertamos. E que o único que tinha chance era o Guarda Jânio que também ficou de fora, minha coligação e do PPL. Perdemos a chance de ter um deputado ou mais. O problema não é a quantidade de candidatos. É a falta de capacidade de análise de grande parte dos eleitores. Votam pela emoção. A matemática é simples:  PALAVRAS DE REVOLTA GERARAM PENSAMENTOS DE REVOLTA, QUE GEROU SENTIMENTO DE REVOLTA, QUE POR SUA VEZ GEROU AÇÃO DE REVOLTA E AGORA MAIS QUE NUNCA RESULTADO DE REVOLTA. Valeu a pena?

Estamos distantes do amadurecimento político. Quem teve mais voto foi quem prometeu mais. Quem mentiu mais. Quem ludibriou mais. Infelizmente ainda somos guiados pelos ouvidos ao invés de sermos guiados pela visão. Precisamos ver além da emoção. Precisamos enxergar com os olhos da razão. Política é matemática. Mais uma vez podemos errar na escolha para Governador. O que faremos? Morreremos juntos em grupo ou iremos avaliar o cenário?

A representação politica deveria ser algo dentro de uma visão de coletividade. Ao pensar minhas propostas de campanha pensei em soluções para o coletivo. Aprendi nesta eleição que o eleitor não pensa no coletivo, pois o que importa e a individualidade. O que mais ouvi foram pedidos de compra de votos. Uma senhora queria uma consulta no oftalmo e os óculos, outro passagens de ônibus, outros, cirurgias diversas, alguns tijolos, muitos queriam trocar o voto por um emprego de “vigilante”, ate aliança de casamento me pediram. Cada “não” a esta pratica me fez compreender porque nosso pais tem tanta corrupção. Somos todos cúmplices. O eleitor coloca para representa-lo pessoas muito semelhante a ele. As vezes me pergunto: haverá mudança na politica com eleitores assim? Não quero mudar meu posicionamento. Quero manter meus valores e princípios. Talvez a politica não seja o meu lugar…

Agora entraremos em uma campanha para governador. Acho prematuro dizer que uma instituição inteira esta com A ou B. As preferências podem ser individuais. Não podemos ser guiados para um abismo sem representação política. Precisamos ter inteligência e sabedoria. Política se faz conversando. É a arte da negociação!

Tenho analisado o cenário politico nos últimos dias e fico impressionado. Aprendi que politica se faz conversando. Todos que me acompanham sabem que fiz campanha para o Rollemberg. Mas o clima de já ganhou e a soberba que tenho visto em algumas falas estão me deixando preocupado. Politica se faz também com ocupação de escapos de poder. Se faz em grupo. Individualmente falando o Rollemberg para mim e muito melhor. Coletivamente percebo que não, só posso estar errado, pois minha corporação e meu partido estão em sua maioria com o Frejat. E agora? Sigo individualmente ou em grupo? Estou certo ou errado em meu posicionamento desde o início tentando manter uma coerência em minhas ações?  Os incoerentes foram premiados. A coerência punida…

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