É fato que o cenário político está mudando a cada dia. A última eleição deixou claro a divisão interna nas cidades e nas corporações. O voto distrital parece cada vez mais próximo. As cidades e os grupos religiosos estão falando mais alto que as corporações estatais. Os políticos mais votados pertencem basicamente a três categorias: empresários, líderes religiosos, professores particulares e líderes comunitários.

Está claro que os sindicatos perderam força. Está nítido que a maioria dos policiais apoiaram candidatos de fora da corporação. Tenho refletido bastante sobre o tema. Em breve, a tendência é perdemos cada vez mais representação, independentemente de nossa organização. É um processo natural. Votamos em quem conhecemos. Por isso, cada vez mais votamos em nossos vizinhos, amigos de igreja e de outros convívios. Em nossa corporação não criamos mais vínculos. Não nos reunimos mais. Portarias nos proíbem de dialogar. Estamos sendo extintos politicamente. As práticas do passado mataram a vontade de participação.

Tudo está perdido? Creio que não. Depois do caos sempre virá a calmaria. Novas lideranças estão surgindo. Novas práticas também. Caberá aos eleitores ter a capacidade de identificá-los. Caso contrário, seremos extintos politicamente…
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