Uma operação desencadeada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), nessa terça-feira (2), resultou no cumprimento de um mandado de prisão e 12 de busca e apreensão. A ofensiva teve como objetivo localizar suspeitos que seriam utilizados como “laranjas”, ou seja, pessoas que ocultam o patrimônio ou servem para lavagem de dinheiro proveniente do crime organizado. A Draco identificou movimentações de cerca de R$ 600 mil em contas de “laranja”. Os detalhes da investigação foram divulgados em entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (3), em Fortaleza.
Nessa fase da operação, a Polícia Civil capturou uma mulher de 29 anos, suspeita de emprestar seus dados para a movimentação fraudulenta de um chefe de uma organização criminosa atuante no bairro Aerolândia, na Área Integrada de Segurança 12 (AIS 12). As investigações iniciaram após a prisão de Cosmo Rosa da Silva (38), o “Gago da Aerolândia”, realizada por policiais civis da Draco, em outubro do ano passado, quando ele estava em Natal (RN) e se preparava para embarcar em um voo com destino a São Paulo (SP).
Nessa terça-feira (2), a mulher de 29 anos foi localizada no bairro Parque Dois Irmãos, na AIS 7. Com ela foi apreendido um aparelho celular. Devido às investigações em andamento, o nome da suspeita não será revelado. Além do mandado de prisão, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências nos bairros Aerolândia, Conjunto José Walter, Papicu e Parque Dois Irmãos – local onde a suspeita, que é sobrinha de Cosmo, foi localizada.
Investigações
As investigações iniciaram após a prisão de Cosmo no estado potiguar. De outubro para cá, a Polícia Civil identificou uma movimentação de aproximadamente R$ 600 mil em contas de terceiros que eram utilizadas pelo suspeito. “Esse valor é incompatível com a renda dos alvos”, afirmou o delegado. As investigações apontam ainda que as contas eram utilizadas por “Gago da Aerolândia” para movimentar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
A Draco mantém o trabalho de levantamento de informações acerca da movimentação financeira suspeita de ser abastecida com o dinheiro de negociações de entorpecentes. Da mesma forma, as investigações continuam no sentido de identificar outras pessoas envolvidas com as atividades ilícitas de “Gago da Aerolândia”.
Denúncias
Para combater a atuação de grupos criminosos no Estado, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) conta com a participação da população para repassar informações que auxiliem os trabalhos investigativos. Por isso, a unidade especializada da Polícia Civil do Ceará mantém um número de WhatsApp para receber denúncias de ações criminosas em todo o Estado. A população pode enviar mensagens de texto, áudios, fotos e vídeos para o número (85) 98969-0182.
As denúncias também podem ser feitas, por meio de ligação gratuita, para o 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O sigilo e o anonimato são garantidos