Ultimamente tenho refletido muito sobre nossas atitudes enquanto policiais militares. Um ponto importante é que estamos nos tornando cada vez mais policiais e menos militares. Chamo isso de “desmilitarização cultural”. Uma adequação “internacional” passa por uma “desmilitarização” de “comportamentos” não somente em nossas cores. Passa principalmente pela adequação ao Estado Democrático de Direito, compreensão do paradigma da segurança cidadã, onde protegemos a vida, ao patrimônio, mas respeitamos e garantimos os direitos individuais do cidadão, inclusive os nossos, por meio da cidadania plena.
Por isso, sempre em meus textos afirmo que a mudança ocorre do Micro (individual), mas vai além, ocorre no interior, ou seja, na mente de cada policial, para o Macro (instituição). Quando nos “confronto” é para que cada um se questione enquanto “militar” e “cidadão”, já que não somos nenhum, nem outro. Somos um híbrido do “militar” e do “civil” (paisano), que para alguns ainda é o “inimigo”, ou simplesmente, o “paisano folgado”.
Quem sabe agora mudando as cores e tirando o nome MILITAR das viaturas a “polícia” não muda de verdade…
A polícia precisa mudar. A polícia está mudando. A polícia vai mudar!