O Grupo Pela Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids (Grupo Pela Vidda-RJ) completou 31 anos de existência neste domingo (24).
Para marcar a data, uma ação solidária social e educativa foi realizada pela ONG na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro. No local, houve distribuição de alimentos, máscaras e materiais doados de higiene e limpeza a moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade. Em razão da chuva, a equipe de voluntários da ONG se deslocou até pontos da região com população de rua para entregar as cestas básicas.
De acordo com o coordenador do Grupo Pela Vidda-RJ, Marcio Villard, além do caráter de solidariedade, que objetivou amenizar o sofrimento de pessoas que perderam a renda devido à pandemia, a ação mostrou outro objetivo, que é “não perder a perspectiva de luta e de otimismo”. Também foi montada uma mesa para distribuição gratuita de lanches à população de rua em frente ao cinema Odeon.
Tratamento da aids e preconceito
Nestes 31 anos de existência, o Grupo Pela Vida-RJ acompanhou e comemorou avanços no tratamento e assistência às pessoas com HIV. Já em relação ao preconceito, muita coisa parou no tempo.
Segundo o coordenador do Grupo, Marcio Villard, do ponto de vista social, do estigma e do preconceito, “a gente continua praticamente como na década de 1980, porque o movimento conservador no mundo dificulta muito as ações e visões dos direitos humanos. Elas são muito combatidas e isso cria dificuldades para realizar as atividades e obter um maior apoio, como o que a gente já conseguiu ter”.
Apesar da crise causada pela pandemia do novo coronavírus e das dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta, o coordenador defendeu que não se podem perder as conquistas de 1996, que destacam o acesso universal a tratamento para todas as pessoas. “Isso é uma coisa que me preocupa muito e é um desafio que está posto, não só para a Aids, mas para outras doenças crônicas”, disse.
A Grupo Pela Vidda-RJ foi criado em 24 de maio de 1989 pelo escritor, ativista dos direitos humanos e da luta contra a aids, Herbert Daniel, como uma entidade de defesa dos direitos humanos, composta principalmente por pessoas vivendo com HIV e Aids, seus amigos e familiares.