No início do ano letivo de 2022, o valor investido pelo Governo de Goiás na merenda escolar da rede estadual foi reajustado em 300%. O aumento, de R$ 34 milhões em 2020 para R$ 139 milhões em 2022, vai diversificar e enriquecer a alimentação escolar
Com o reajuste da merenda escolar, foram atualizados os cardápios das escolas estaduais. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), elaborou 198 novos cardápios, separados por modalidade de ensino e região do Estado.
O cardápio escolar tem objetivo de assegurar a oferta de uma alimentação saudável e adequada, que garanta o atendimento das necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e apoie o aprendizado dos estudantes.
No início do ano letivo de 2022, o valor investido pelo Governo de Goiás na merenda escolar da rede estadual foi reajustado em 300%. O aumento, de R$ 34 milhões em 2020 para R$ 139 milhões em 2022, vai diversificar e enriquecer a alimentação escolar.
O último reajuste da merenda foi em 2017, com 20% de aumento do repasse estadual e 20% de aumento do repasse federal. “Como o valor estava engessado há muito tempo, aumentou a inflação e o poder de compra das escolas diminuiu. Agora, o reajuste da merenda escola permitiu aumento na quantidade e variedade dos alimentos adquiridos pelas escolas. E variedade de alimentos é mais saúde para os alunos”, enfatizou Camila Tavares, nutricionista da Gerência de Alimentação Escolar da Seduc.
Outro benefício do reajuste foi a possibilidade de servir bebidas em todas as refeições. É importante lembrar que o suco servido nas escolas estaduais é natural ou de polpa, sendo vedada a utilização de refrescos e sucos em pó.
Variedade de alimentos
Camila explicou que uma alimentação variada e saudável inclui arroz, feijão, frutas e verduras. Esses alimentos também são a preferência dos alunos da rede estadual em geral. Os panificados e doces são restritos a duas vezes por mês porque apresentam poucos nutrientes e muito açúcar e gordura hidrogenada.
Cardápios regionalizados
A Seduc elabora os cardápios de forma regionalizada para respeitar os hábitos alimentares de cada local e adquirir produtos da agricultura familiar. Dentro de cada Coordenação Regional de Educação (CRE), às vezes há três opções de cardápio para atender os gostos personalizados de cada município, bairro ou escola.
“Os alunos da Zona Rural têm uma preferência por preparações diferentes de um aluno aqui da Região Metropolitana de Goiânia. E também tem a questão da distribuição dos alimentos: se eu colocar, por exemplo, maçã no cardápio de São Miguel do Araguaia, não vai ter fornecedor. A preferência é por produtores do município. Assim a gente consegue fomentar mais a economia local”, explicou a nutricionista da Seduc.
Necessidades Nutricionais
Os cardápios escolares devem atender às necessidades nutricionais estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Resolução nº 26 do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE). Nas escolas regulares, esse atendimento deve ser de 20% das necessidades nutricionais diárias dos estudantes, com a oferta de uma refeição.
Nas escolas indígenas e quilombolas de tempo parcial, o percentual sobe para 30%, com a oferta de uma refeição mais completa devido à vulnerabilidade social. Já as escolas de tempo integral servem três refeições por dia para atender 70% das necessidades nutricionais dos alunos.