O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), torce pela aprovação da  PEC 37/21 em tramitação no Congresso Nacional. A PEC é conhecida como “PEC da impunidade” pois ela impossibilita a prisão em flagrante de um deputado ou senador mesmo que seja pego no ato cometendo crime de corrupção, além de retirar o poder de investigação do ministério público.

Marconi responde atualmente diversos processos referente a caixa dois e recebimento de propina. O político goiano é considerado suspeito de receber R$ 12 milhões em propina de empreiteiras para os pleitos eleitorais em 2010 e 2014. A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal no âmbito da Lava jato. O MPF apontou que houve ao menos 21 entregas do dinheiro irregular em 2014 feitas a mando da Odebrecht para favorecer Perillo.

Em suas caminhadas por alguns municípios goianos, Marconi  fala de um “tempo novo” e seu projeto de candidatura para deputado federal em 2022. O ex-governador confessa aos mais próximos, ligados ao seu grupo político, que um mandato de deputado federal  serviria de salvo-conduto para se livrar das constantes ameças de prisão em decorrência dos processos de crime de corrupção que tramitam na justiça federal.

Em uma análise feita por cientistas políticos do estado, Marconi pode sofrer uma nova derrota em 2021, tal como ocorreu em 2018, quando ficou em 5º lugar na disputa por uma das duas vagas para o Senado por Goiás. A análise é feita em cima dos resultados das eleições municipais do ano passado onde o governador Ronaldo Caiado (DEM) fez a maioria absoluta  dos 246 prefeitos dos municípios goianos.

Da redação