De um lado, influenciadores bolsonaristas relembram promessas de campanha sobre a preservação ambiental e criticam a falta de ação efetiva do governo atual no combate aos incêndios. Já apoiadores de Lula insinuam que os focos de queimadas podem ter sido orquestrados por grupos de extrema direita como forma de sabotar o governo, em uma possível repetição do “Dia do Fogo” de 2019, quando produtores rurais se uniram para incendiar áreas da Amazônia.
A Polícia Federal abriu dezenas de inquéritos para apurar a autoria dos incêndios, e algumas prisões já foram realizadas em estados como Goiás e São Paulo. Um dos detidos em Goiás afirmou que o crime teria motivação política, embora a Polícia Civil trate a declaração com cautela, dado o histórico psiquiátrico do suspeito.
Apesar das teorias sobre a motivação política das queimadas terem ganhado força nas redes sociais, até o momento, não há provas concretas que liguem os incêndios a apoiadores de Bolsonaro ou a qualquer grupo político organizado. Enquanto isso, a ministra Marina Silva continua sob pressão para apresentar respostas mais contundentes diante do aumento das queimadas, em um cenário que coloca a gestão ambiental do governo no centro do debate político nacional.