Não é todo dia que tenho a oportunidade de tirar uma manhã, e meia tarde, para discutir segurança pública com pessoas tão gabaritadas, em especial, assuntos afetos a Polícia Militar. Saber os planos futuros dentro e fora da Corporação na área de Tecnologia da Informação e transmissão de dados, evolvendo nossa Corporação,  deixa-me esperançoso e orgulhoso.
Compreender um pouco do cenário atual ajuda-nos a projetar o futuro com mais clareza. Perceber que alguns instrumentos utilizados por nós, ainda são da época da 1ª guerra, por exemplo, a blitz, deixa-me por outro lado preocupado.
Como duas polícias, ao mesmo tempo tão moderna e arcaíca, convivem tão próximas e tão harmônicas? Homens e mulheres altamente capacitados, grandes somas de recursos, grandes projetos, mas com instalações tão precárias como algumas unidades que estive visitando recentemente? Vivemos grandes paradoxos!
Como uma polícia responsável pela segurança primária da população, dentre outras atribuições, encontra-se em tal situação? O que fazer para solucionar tais problemas? É investimento? É gestão? É política? Mas tudo é política…
Sendo tudo política está passando da hora de entrarmos na “política” de fato e de direito. Como pode uma Corporação tão grande e tão poderosa nunca ter tido um SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA oriundo de NOSSAS FILEIRAS? Como pode uma Corporação como a nossa se dar o “luxo” de termos um grande articulador como nosso último ex-comandante geral (Cel Rosback) tão mal utilizado por nós? Vejo nele um político sábio e experiênte. O tipo de secretário ideal para a Copa. São tantas as perguntas…
Precisamos ser políticos na essência. Quem não gosta de política é dominado e controlado por quem gosta!