O deputado Ricardo Vale (PT) defendeu a importância das atividades culturais e de lazer realizadas no Eixão, e comemorou a edição do decreto que anulou a proibição ao comércio. “O Eixão do Lazer é uma tradição da nossa cidade, um espaço de convivência familiar, cultural e musical. Ninguém entendeu a decisão inicial, mas fico feliz que, através do diálogo, conseguimos reverter essa medida”, afirmou Vale.
Já o deputado Max Maciel (PSOL) criticou a tentativa do governo de restringir a ocupação popular do Eixão, ressaltando que o aumento do número de trabalhadores no local não deveria ser visto como um problema. “O Eixão sempre teve barracas, som e bebidas. Agora, com mais trabalhadores, começaram as restrições. Não adianta culpar os moradores, pois são eles que frequentam o Eixão do Lazer. Isso é resultado de um governo que não quer ver o povo nas ruas de Brasília”, disparou Maciel.
O deputado Gabriel Magno (PT) foi ainda mais enfático, classificando a operação do GDF como “truculenta” e acusando o governo Ibaneis de reprimir a cultura e o lazer na capital. “Mobilizaram caminhões e viaturas para reprimir, não para organizar. Foi uma ação para acabar com o Eixão do Lazer”, criticou Magno, que também relatou dificuldades no cadastramento dos comerciantes no site do DER-DF. Ele pediu que a fiscalização do próximo domingo não ocorra, para evitar mais penalizações aos trabalhadores.
Por sua vez, o deputado Fábio Felix (PSOL) anunciou que a população já prepara uma ocupação cultural do Eixão do Lazer para o próximo domingo. “Esse espaço é do povo, e o governo deu um tiro no pé ao tentar controlar as atividades culturais. Nenhum governador tem o direito de interferir na cultura e no lazer da população”, afirmou Felix.
As críticas refletem um crescente descontentamento na CLDF em relação à forma como o governo tem tratado a questão do uso dos espaços públicos, particularmente no Eixão do Lazer, um dos locais mais emblemáticos de Brasília para atividades culturais e de lazer ao ar livre.