A tragédia envolvendo um caminhão caçamba a serviço da Novacap na DF-150, na altura da Fercal, trouxe dor e preocupação à comunidade local e gerou cobranças por ações do Governo do Distrito Federal (GDF). O acidente, ocorrido na manhã de ontem, resultou na morte de Guilherme Pires dos Santos, de 9 anos, e evidenciou os riscos relacionados ao trânsito na região.

O veículo, carregado com rochas e areia, tombou em uma curva da rodovia. Uma das pedras desprendeu-se e atingiu Guilherme, que estava na frente da casa de sua tia, enquanto carregava o primo de dois anos nas costas. Segundo familiares, o menino conseguiu salvar o primo ao afastá-lo do trajeto da rocha momentos antes de ser atingido. Guilherme não resistiu aos ferimentos, enquanto o bebê foi levado ao Hospital Regional de Sobradinho e, de acordo com informações médicas, está fora de perigo.

Debates na Câmara Legislativa
O incidente foi tema de discussão na sessão ordinária desta quarta-feira (27), onde deputados manifestaram solidariedade à família e aos moradores da Fercal. Gabriel Magno (PT) criticou a falta de fiscalização sobre empresas terceirizadas e alertou para a responsabilidade do governo em garantir a qualidade dos serviços prestados.

Outros parlamentares, como Ricardo Vale (PT), destacaram a necessidade de ações concretas para evitar novos acidentes na DF-150, descrita como uma via de tráfego intenso e condições inseguras. O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), reforçou a urgência de medidas preventivas, enquanto Pepa (PP) sugeriu uma reavaliação do volume de caminhões que circulam na área.

Propostas de soluções
Entre as medidas mencionadas pelos deputados estão:

  • Revisão do tráfego pesado: Redução do número de caminhões na região para minimizar riscos.
  • Melhorias na infraestrutura: Intervenções na DF-150 para aumentar a segurança de motoristas e pedestres.
  • Fiscalização rigorosa: Controle mais efetivo das condições dos veículos e das empresas terceirizadas contratadas pelo GDF.

Impacto na comunidade
O acidente gerou comoção entre os moradores da Fercal, que convivem com os perigos constantes da rodovia. Guilherme foi lembrado como um menino corajoso, cuja ação rápida evitou uma tragédia ainda maior. A perda trouxe à tona a necessidade de melhorias na segurança viária e no acompanhamento das operações de veículos pesados, especialmente em áreas residenciais.

O caso serve de alerta para que a gestão pública priorize ações preventivas, evitando que situações semelhantes voltem a ocorrer.