A Cidade Estrutural será palco, neste sábado (11/1), de um ato público em memória de Ana Moura Virtuoso, jovem de 27 anos vítima de feminicídio no último domingo (5/1). O evento, intitulado “Por Ana e por todas as mulheres”, está marcado para as 17h, em frente à Capela Santa Luzia, no bairro onde Ana morava. A mobilização busca homenagear sua vida e chamar a atenção para a gravidade da violência contra mulheres.
O crime, que foi o primeiro feminicídio de 2025 registrado no Distrito Federal, gerou comoção entre os moradores da região. Ana, mãe de duas crianças, foi morta a facadas pelo companheiro, Jadison Soares da Silva, de 47 anos, após anos de violência doméstica, conforme relatos de vizinhos.
Evento propõe reflexões e ações concretas
A iniciativa é organizada por grupos e instituições locais que integram a Rede Social da Cidade Estrutural. Além de prestar solidariedade à família da vítima, o ato terá a presença de autoridades, moradores e ativistas. Durante o encontro, os participantes levarão velas e faixas em apoio à causa e assinarão uma petição com propostas de ampliação das políticas públicas voltadas à proteção das mulheres.
Irene Nascimento, conselheira tutelar e uma das organizadoras, destacou a importância do engajamento da sociedade:
“Cada mulher que perdemos é um lembrete doloroso da urgência de justiça e de igualdade. Não lutamos apenas por Ana, mas por todas que não podem mais lutar por si mesmas.”
O caso Ana Moura
A tragédia envolvendo Ana Moura ocorreu em sua residência no bairro Santa Luzia, onde ela vivia com o marido e os filhos. De acordo com a investigação conduzida pela 8ª Delegacia de Polícia, o crime foi motivado por uma discussão, algo recorrente no relacionamento marcado por agressões físicas e verbais. Jadison foi preso em flagrante e, no dia seguinte, teve sua prisão convertida para preventiva.
Uma comunidade unida pela causa
O evento tem como objetivo não apenas lembrar Ana, mas também mobilizar a população contra a violência doméstica e o feminicídio. A ação busca fortalecer a rede de apoio às mulheres e pressionar por políticas mais efetivas para a prevenção de crimes como este.
Moradores, ativistas e autoridades são esperados para reforçar a mensagem de que a luta contra o feminicídio é coletiva e exige o compromisso de toda a sociedade. A participação no ato é aberta ao público e reforça o apelo por mudanças que garantam mais segurança às mulheres.