A violência doméstica e familiar contra a mulher sempre esteve presente na casa dos brasileiros, e culturalmente sempre foi encarada dentro da máxima de “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Precisamos mudar essa realidade cultural.

Visando ampliar o atendimento e minimizar os danos causados na sociedade por tamanha violência, a Polícia Civil do Distrito Federal mapeou as cidades com maior índice de violência voltadas contra a mulher.

Os dados chocam, pois a cada um minuto, uma mulher sofreu violência física, sexual ou psicológica no DF, nestes primeiros quatro meses do ano.

Foram registradas 5.226 casos violência, baseadas na Lei Maria da Penha, totalizando 43 casos a cada 24 horas. A partir de hoje (8) a nova Delegacia da Mulher II (Deam II) começa a atender a população de Ceilândia.

A cidade foi escolhida por liderar as estatísticas de violência no DF, ao menos 736 mulheres sofreram algum tipo de violência somente nos primeiros quatro meses de 2020. Outra cidade que merece atenção das autoridades é Planaltina, que vem em segundo lugar, com 448 casos e Samambaia, em terceiro, com 408 registros.

Segundo dados da Corporação policial, 69% dos casos de Maria da Penha são cometidos por pais, maridos e padrastos e estão relacionados a crimes interpessoais e se desenvolvem dentro da residência das vítimas. Outros 11% foram em vias públicas e 20% em pontos comerciais e empresas.

É importante definirmos violência como qualquer ato destrutivo direcionado a animais, pessoas ou coisas. A partir daí podemos entender que quebrar objetos em casa, atacar animais da vítima ou a própria mulher é uma forma de violência contra a mulher e precisa ser denunciada.