Como já disse algumas vezes, tenho utilizado a cidade do Riacho Fundo-DF como laboratório no estudo do policiamento comunitário no Distrito Federal, tanto no que se refere as ações, quanto no que se refere as reações dos atores nesse sistema.
Ontem dois fatos me chamaram a atenção, que me lembraram a monografia do Bayley…
O primeiro foi o lançamento de um jornal na cidade que estampava uma foto do comandante da companhia do Riacho Fundo e uma entrevista que deu o que falar, segundo Bayley, no policiamento comunitário bem aplicado não tem como o comandante e os operadores da segurança pública não aparecer!
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Uma frase no jornal fez com que várias lideranças se revoltassem com o jornal, ela dizia o seguinte: “No Riacho, ele é 01”.
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Em pouco tempo suspederam a distribuição. O Administrador ficou triste porque se achava o zero um, algumas lideranças ficaram chateadas porque estão na cidade há vários anos e o “cara chegou agora e já tá aparecendo assim”, foram os comentários mais ouvidos.
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Expliquei a eles que isso é um processo natural, pois ele está trabalhando e a filosofia está começando a se tornar conhecida e aplicada pelos policiais, principalmente a Sgt Paula, Sgt Mara e Sgt Evaristo!
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Outro fato que chamou a atenção, no mesmo dia, foi a reclamação de alguns jovens da comunidade, referente a um sargento, de um posto que fica em frente a uma quadra poliesportiva, que os proibiu de jogar por volta de 19h, alegando que havia ocorrido uma briga por volta de 17h e que eles não poderiam ficar naquele local! Ele informou que os jovens somente poderiam permanecer ali, após um cadastro junto a administração regional…
Desde quando o poder de polícia e o poder discricionário nos autoriza a fazer isso?