As 176 unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal são as portas de entrada para atendimento de pacientes com sintomas suspeitos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A dengue, que já fez por aqui mais de 66 mil doentes só em 2022, é a mais comum delas e merece atenção aos sintomas comuns a ela.
Os principais são dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo todo – musculares ou nas juntas –; moleza e indisposição, febre e, em alguns casos, empolação e manchas vermelhas na pele, que podem ou não provocar coceira.
“As unidades do atendimento primário têm médicos e enfermeiros aptos à avaliação desses sintomas e melhor orientação no caso de comprovação da doença, além de contar com testes rápidos (NS1) e encaminhamentos de exames clínicos quando necessários”, informa a médica referência técnica distrital de Medicina da Família, Camila Monteiro Damasceno.
Reforço na hidratação e repouso são alguns dos procedimentos para quem apresenta alguns dos sintomas clássicos de dengue e podem ser adotados, inclusive, antes do diagnóstico médico. Para aliviar as dores e a indisposição, o uso de paracetamol ou dipirona são indicados.
Mas há também o que não se pode ingerir de jeito algum no caso de suspeita de dengue: AS e medicamentos anti-inflamatórios, como nimesulida, ibuprofeno e diclofenaco. “Isso pode aumentar as chances de hemorragia”, alerta Camila Damasceno.
E a qualquer sinal de sangramentos – apresentados nas gengivas, urinas, fezes e olhos –, inclusive, o paciente deve procurar atendimento médico – neste caso, até nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em dias ou horários em que as UBSs estejam fechadas. Dores abdominais intensas e contínuas, manchas roxas na pele, fraquezas muito fortes em que não se consiga ficar de pé ou desmaio também são sinais de risco de dengue hemorrágica e são sinais de alerta vermelho.