A luta antiga dos moradores de Ponte Alta Norte para conquistar autonomia administrativa deu um passo decisivo nesta quarta-feira (20). A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei nº 1.064/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz (PRD), que cria a 37ª Região Administrativa do Distrito Federal.

A proposta contempla não apenas Ponte Alta Norte, mas também as comunidades de Casa Grande, Monjolo e Olhos D’Água, hoje vinculadas ao Gama. O texto prevê ainda a transferência de parte do patrimônio e do acervo do Gama para a nova administração.

Compromisso com a comunidade

Ao ressaltar a importância da iniciativa, Rogério Morro da Cruz destacou que o projeto é uma resposta a um pleito antigo da população local.
“Gama e Ponte Alta Norte cresceram de forma desordenada e, sem uma gestão própria, os moradores têm enfrentado enormes dificuldades para acessar serviços básicos. Este projeto é um passo firme para garantir dignidade, desenvolvimento e melhores condições de vida a essa comunidade tão trabalhadora e progressista”, afirmou o parlamentar.

A iniciativa já havia sido apresentada em 2022 pelo ex-deputado Agaciel Maia, mas não avançou. Com a reapresentação por Morro da Cruz, o tema voltou à pauta legislativa e ganhou força política.

Audiência pública garantida

Cumprindo a legislação distrital, o deputado já marcou a audiência pública que discutirá a criação da nova RA: será no dia 29 de agosto, às 19h, na Mansão dos Prazeres, no Gama.

Para Julio Cezar, presidente da Associação dos Moradores da Ponte Alta Norte e Regiões (Ampar-DF), a atuação de Morro da Cruz tem sido fundamental.
“Graças ao empenho do deputado, esse sonho da comunidade está cada vez mais perto de se concretizar. A criação da RA representa desenvolvimento, urbanização e mais qualidade de vida”, ressaltou.

Outras vitórias na CAS

Além da proposta de criação da nova RA, Rogério Morro da Cruz também teve outro projeto aprovado: o PL 1475/2024, que altera a legislação da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (Fundap). O texto assegura que a instituição receba, obrigatoriamente, os repasses mínimos previstos em lei, mesmo em períodos de contingenciamento orçamentário.

A atuação firme do parlamentar na CAS demonstra, segundo analistas, sua disposição em liderar pautas que unem fortalecimento da comunidade e incentivo à ciência, inovação e desenvolvimento social.