O início de 2025 trouxe aumentos nas tarifas de transporte público em sete capitais brasileiras, mas o Distrito Federal (DF) seguiu um rumo diferente. O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou que os valores das passagens de ônibus e metrô permanecerão congelados até o final de 2026. A decisão visa minimizar os impactos no orçamento das famílias que dependem desse serviço diariamente.

Atualmente, os preços das passagens no DF são:

R$ 2,70 para trajetos curtos;
R$ 3,80 para deslocamentos entre Regiões Administrativas (RAs);
R$ 5,50 para viagens mais longas e metrô.
Segundo o governador, a medida reflete um compromisso com a população mais vulnerável. “Manter os valores atuais é uma forma de transferência de renda para quem mais precisa. Esse compromisso foi assumido desde que decidimos deixar a vida privada e nos dedicar ao cuidado das pessoas,” afirmou Ibaneis.

Enquanto isso, cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Natal, Recife e Rio de Janeiro já anunciaram reajustes no início deste ano. A elevação nas tarifas foi atribuída ao aumento dos custos operacionais e à necessidade de equilibrar as finanças dos sistemas de transporte.

Contrapontos e desafios
Especialistas apontam que, embora a decisão de congelar as tarifas beneficie diretamente os usuários, ela também representa um desafio fiscal. O governo local precisa subsidiar uma parte significativa dos custos operacionais do transporte público, o que pode pressionar o orçamento.

No entanto, a medida foi bem recebida por passageiros que temem que reajustes afetem ainda mais seu poder de compra. Para Ibaneis, garantir tarifas acessíveis reforça o papel social do transporte público como um serviço essencial para a mobilidade urbana.

Essa postura contrasta com as decisões de outras capitais brasileiras, destacando o DF como uma exceção no cenário nacional.