A população do Distrito Federal aumentou vertiginosamente nos últimos vinte anos, com tal aumento cresceu também a criminalidade e a pobreza. Nossa cidade já não é mais a mesma. Nosso efetivo não é mais o mesmo. Nossa segurança não é mais a mesma.

A população do Distrito Federal ainda se lembra do tempo em que as duplas de policiais chamadas “Cosme e Damião” patrulhavam nossa cidade. Ainda recordam-se com carinho das “Rocans”. E hoje? O que temos a oferecer? Temos apenas uma sensação de segurança que jamais será alcançada.

Segurança se faz com a redução do espaço de atuação do criminoso. Se não temos policiais para reduzir tais espaços, como poderemos falar em uma segurança pública de qualidade? Segurança se faz com polícia na rua, com polícia bem remunerada, com polícia bem treinada, com população educada que respeita a polícia e a ajuda a trabalhar, mas como conseguir tudo isso?

A população do DF cresceu, mas seu efetivo continua o mesmo de dez anos atrás. E ainda tem uma tendência de diminuir, pois nos próximos anos vários policiais irão se aposentar e vários outros irão para outros concursos. Precisamos falar urgentemente em um aumento real de efetivo nos próximos anos.  E as novas contratações prometidas em outrora?

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O efetivo atual previsto em nossa legislação é de apenas 18 mil homens, sendo que atualmente estão na ativa apenas 15 mil homens. Precisamos pegar todas as nossas cidades e imaginar que  em cada uma delas teremos um batalhão, algumas como Ceilândia e Taguatinga podendo chegar até dois ou mais batalhões, calcular o efetivo para tal fim e após isso chegar a uma previsão exata de quantos policiais precisaríamos para policiar as nossas cidades. É inadmissível uma cidade como Ceilândia ter apenas um Batalhão e outras cidades como o Riacho Fundo II não ter nenhuma delegacia, nem batalhão de polícia.  A falta de efetivo gera grandes problemas para a população além de uma grande sobrecarga dos policiais, o que gera estresses desnecessários e pode até influenciar na alta taxa de suicídio entre os agentes de segurança pública.

Nos próximos anos, independentemente de mandato, continuarei defendendo o aumento real de efetivo como uma bandeira da segurança pública por acreditar que a redução do espaço de atuação do criminoso seja fundamental para a melhoria da segurança pública e para o fortalecimento da segurança. Muitos colegas não percebem que o aumento real de efetivo também contribuiu para melhorar a vida dos colegas Policiais Civis e Bombeiros, basta ver a fluidez na carreira de ambos. Precisamos trabalhar com inteligência, dentro de uma visão a curto, médio e longo prazo. Precisamos avançar!

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