A grega Katerina Stefanidi, campeã olímpica e mundial da prova de salto com vara, criticou a insistência do Comitê Olímpico Internacional (COI) de manter a realização dos Jogos de Tóquio no período de 24 de julho a 9 de agosto.
Em entrevista à Agência Reuters, a atleta afirmou: “Todos nós queremos que os Jogos de Tóquio aconteçam, mas qual é o plano B se isso não ocorrer? Saber sobre uma possível opção tem um grande efeito no meu treinamento, pois posso estar assumindo riscos agora que não assumiria se soubesse que também há a possibilidade de um plano B”.
“Precisamos decidir se arriscamos nossa saúde e continuamos treinando no atual ambiente”, diz Katerina Stefanidi.
Outra campeã mundial a criticar a atual posição do COI foi a britânica Katarina Johnson-Thompson, campeã mundial de heptatlo, que afirmou que está retornando para casa após passar por isolamento na França, e que se sente sob pressão para treinar.
“O aviso do COI encoraja atletas a continuarem se preparando para os Jogos Olímpicos da melhor maneira possível, com as Olimpíadas a apenas quatro meses de distância, mas as legislações governamentais forçam o isolamento em casa, com pistas, academias e espaços públicos fechados”, escreveu a atleta na sua conta no Twitter.
“Eu me sinto sob pressão para treinar e continuar na mesma rotina, o que é impossível”, concluiu.
A declaração das atletas foi dada após o COI emitir uma nota na última terça (17) na qual afirma que: “faltando mais de quatro meses dos Jogos, não há necessidade de decisões drásticas nessa fase, e qualquer especulação neste momento seria contraproducente”.
Edição: Fábio Lisboa