Mais de 18 mil quilômetros separam São Bernardo do Campo, no ABC paulista, cidade onde nasceu Hugo Hoyama, da capital japonesa Tóquio. O que não impede o ex-mesatenista de se sentir em casa no país-sede da oitava Olimpíada da carreira.
Poucos sabem o que é representar o Brasil nos Jogos como Hugo. Foram seis edições como atleta, entre 1992 e 2012. Já em 2016, no Rio de Janeiro, ele foi técnico da seleção brasileira feminina de tênis de mesa. Posto no qual segue em Tóquio, onde terá como titulares Bruna Takahashi, Jéssica Yamada, Caroline Kumahara. Um trio no qual ele tem bastante confiança, mesmo com o último ano e meio de preparação impactado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Jéssica Yamada será a primeira da seleção feminina a estrear. Neste sábado (24), às 2 e 15 da manhã, pelo horário de Brasília, ela enfrenta a suíça Rachel Moret. Bruna Takahashi só estreia domingo (25), ainda sem horário definido, contra a vencedora do confronto entre a egípcia Yousra Helmy e a sino-francesa Jianan Yuan. O torneio por equipes começa apenas no dia 1º de agosto. O Brasil não terá vida fácil: encara Hong Kong, uma das forças da modalidade. Para Hugo, apesar do favoritismo não ser das brasileiras, é possível surpreender.
O tênis de mesa brasileiro sonha com uma histórica medalha olímpica em Tóquio. As melhores campanhas foram em 1996, em Atlanta (Estados Unidos), com o próprio Hugo Hoyama, e na Rio 2016, com Hugo Calderano. Ambos chegaram às oitavas de final.