A prova dos cem metros rasos é a mais veloz e também a mais nobre do atletismo. Em 2021, o melhor velocista da América do Sul no ranking mundial segue sendo um brasileiro. Desta vez, não mais Paulo André Camilo, mas outro jovem de 23 anos: Felipe Bardi. Os resultados da temporada – os melhores da vida do paulista de Americana – ajudam a entender o porquê. Ele foi campeão sul-americano nos cem e 200 metros, além do revezamento 4×100 m. O corredor também foi um dos representantes do país na Olimpíada de Tóquio, no Japão.
A estreia olímpica pode não ter sido da maneira sonhada, já que Felipe não avançou à semifinal dos cem metros, nem do revezamento 4×100 m com a equipe brasileira. Mas estar em Tóquio foi uma baita vitória, depois de um ciclo difícil, marcado por lesões complicadas entre 2018 e 2019, que levaram o paulista a pensar em parar de correr.
A volta por cima, coroada com o posto de número um do país e do continente, embala o jovem para 2022, primeiro ano de uma curta e atípica trajetória até os Jogos de Paris, na França, em 2024. Na próxima temporada, ele terá dois Mundiais pela frente: o Indoor, entre 18 e 20 de março, em Belgrado (Sérvia), e o convencional, de 15 a 24 de julho de 2022, em Eugene (Estados Unidos).
Além da meta olímpica, Felipe e uma nova geração de velocistas miram o recorde brasileiro dos cem metros, os dez segundos cravados por Robson Caetano há 30 anos. A marca nunca esteve tão próxima de ser quebrada. Será que agora vai?