A justiça do Rio de Janeiro condenou o Clube de Regatas do Flamengo a pagar indenização de quase R$ 3 milhões ao pai e à mãe do goleiro de base Christian Esmério Cândido, morto, aos 15 anos, no incêndio do Ninho do Urubu.
O clube também terá de indenizar em R$ 120 mil o irmão da vítima, além de pagar uma pensão mensal de 5 salários-mínimos, cerca de R$ 7 mil, aos pais do atleta, até a data em que Christian completaria 45 anos ou até o falecimento dos pais. Neste caso, os pagamentos já vêm sendo feitos regularmente.
A família do goleiro foi a única que não fez acordo com o clube depois da tragédia que deixou 10 atletas adolescentes mortos. O incêndio no Centro de Treinamento, em Vargem Grande, na zona oeste da capital fluminense, completou 5 anos na semana passada.
A família também pedia indenização para um tio de Cristian, mas isso foi negado pelo juiz responsável pelo caso.
Os pais do atleta também pediam um valor maior, de cerca de R$ 5 milhões por danos morais, além do pagamento de pensão. Em sua defesa, o Flamengo afirmou que a quantia era exorbitante e que não pode ser responsabilizado pela tragédia.
Mas o juiz lembrou que incêndio ocorreu nas dependências do clube e que, Cristian, ao que tudo indicava, teria uma carreira promissora, não apenas por estar na base de um dos times de futebol com maior receita do país, mas também porque já mostrava sinais deste sucesso ao ser convocado para a seleção brasileira de base.
O Flamengo ainda pode recorrer da decisão da justiça.
Nós tentamos contato com o Clube, que não retornou.