A segurança é o tema mais quente das Olimpíadas de Paris 2024 e a França pretende fazer tudo o que estiver ao seu alcance enquanto prepara a segurança dos Jogos com a ajuda de unidades antidrone.

A base militar de Villacoublay, nos arredores de Paris, abrigará um centro de coordenação antidrone no qual policiais, agentes da gendarmaria nacional francesa e oficiais do Exército trabalharão lado a lado para conter a ameaça representada pelos drones.

“Os drones podem ser usados para realizar um protesto ou com intenção terrorista”, disse a jornalistas, nesta quinta-feira (14), o general Arnaud Bourguignon, oficial geral encarregado da proteção aérea e antidrone dos Jogos.

“Vimos que era fácil usar um drone para outros fins e transformá-lo em uma arma”, afirmou.

Os policiais monitorarão o tráfego aéreo durante as Olimpíadas e poderão identificar os drones, seja por meio de radar ou de fotos enviadas por policiais em terra nos locais das Olimpíadas.

Alguns dos drones serão identificados como “amigos”, enquanto outros serão neutralizados.

Os policiais usarão uma das 15 pesadas unidades antidrones, que possuem radar, câmeras e uma antena de interferência, que podem neutralizar um drone a quilômetros de distância.

Eles também terão à sua disposição rifles antidrone, que embaralham o sinal de rádio de um drone ou o derrubam com laser.

Mas nem todos os drones precisarão ser combatidos.

“Alguns drones estão sendo usados pela mídia, mas também para arbitrar alguns eventos, portanto não podemos simplesmente bani-los por completo”, disse Bourguignon.

Embora a França nunca tenha sido alvo de um drone, o país foi alvo de um ataque simultâneo de homens armados e homens-bomba em locais de entretenimento e cafés em Paris em novembro de 2015.

As Olimpíadas serão realizadas entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.

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