Acompanhar o halterofilismo é checar o peso das atletas, comparar com o dos halteres e ficar espantado. Na categoria até 41 kg entre as mulheres, a chinesa Linglink Guo bateu o recorde paralímpico duas vezes a ainda registrou um novo recorde mundial também. Ela pesa um pouco mais de 40kg, mas levantou 108.
Com a medalha de ouro no peito, ela disse que ficou feliz, mas também frustrada por ter errado uma das tentativas para o recorde e completou: “pode procurar na internet. Eu consigo levantar mais de 110 kg”.
Teve super mulher brasileira na final também. A mineira Lara Lima levantou 88 kg e ficou em sétimo lugar, mesmo sendo a mais leve entre as dez finalistas, com pouco mais de 39 kg.
Lara valorizou o resultado, principalmente pelas adversidades. Ela ficou sete dias sem treinar quando chegou ao Japão por ter tido contato com uma pessoa que testou positivo para a covid no desembarque em Tóquio. E não foi a única barreira que ela encontrou.
“Eu estava com dor nos dois braços, uma coisa que eu não conseguia explicar. Na verdade, ninguém sabia disso, ninguém sabe até agora. Foi Deus quem me ajudou a levantar 88”, afirmou.
Aos 18 anos, Lara é a terceira atleta mais jovem da delegação do Brasil que está em Tóquio. Ou seja, ainda tem muita coisa pela frente. Talvez não seja prudente prometer chegar ao nível da chinesa, mas ela pensa sim em conquistar coisas grandes já em Paris.
“A gente tinha expectativas sim de pegar medalha, vim para isso, mas infelizmente desta vez não foi. Mas estou pensando em Paris 2024. Pode ter certeza que vou trazer uma medalha”, declarou.