Proporcionar que jovens carentes sonhem com uma vida melhor através do esporte, essa é uma das missões do Projeto Social Diamantes do Gueto, que, desde o início deste ano, investe no desenvolvimento de crianças e adolescentes na periferia de Recife. São três oficinas (rugby, jiu-jitsu e showzinho, atividades lúdicas para socializar jovens).

“Temos uma propagação gigante do futebol. Então, trabalhar com o jiu-jitsu e rugby é bem desafiador. No início, muitos meninos até acham que rugby é futebol americano. Mas, aos poucos, eles vão vendo e conhecendo mais a modalidade. Mostramos os valores envolvidos no esporte. A modalidade é uma ferramenta com um potencial gigantesco. É uma filosofia de vida para mudar a realidade dessas crianças e fazer com que corram atrás dos sonhos”, diz o idealizador do projeto, Abraão Silva de Melo.

Em setembro, a iniciativa que atende quase 200 crianças de 3 a 17 anos nas comunidades de Santo Amaro e Coque, ganhou importantes parceiros, os irmãos Daniel e Felipe Sancery, da seleção brasileira e do São José Rugby.

 

 

Um dia chegaremos lá! Quando nós entramos em uma comunidade para cuidar das crianças que habitam naquela localidade, nos deparamos com várias circunstâncias de vida difíceis, nas quais aqueles pequenos estão imersos. A tendência do Homem natural é desacreditar que daquele contexto possa surgir alguém com boas perspectivas de futuro. Tudo desfavorece eles de trilhar um caminho de sucesso e serem bem sucedidos na vida. Mas, porém, contudo, toda via… diante de todo esse cenário caótico e desanimador, brota em nós um sentimento diferente. Algo, ou melhor, ALGUÉM nos traz uma ótica diferenciada a este respeito. A história do nosso salvador JESUS é bem semelhante à história deles. Nasceu em um lugar de poucas ou nenhuma perspectivas, família pobre, mãe solteira… cumpria todos os requisitos para ser mais um suprimido pelos preconceitos, mas ao invés disso, veio para trazer cura e libertação, vida e vida em abundância para todos aqueles que são vítimas de sofrimento e que nEle crêem. JESUS CRISTO é o motivo e a motivação do nosso acreditar nessas vidas. A cruz foi a maior prova de amor! Jesus conseguiu, eles também vão conseguir. #missaodiamantesdogueto #missoesurbanas #missões #rugby #rugby🏉 #rugby4life #rugbylife #rugbylife #rugbyunion #rugbyleague #rugbyplayer #brasilrugby #tupis #recife

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Através de postagens nas redes sociais, os atletas conheceram e se identificaram com a história dos gêmeos recifenses Wandreys Silva e Wanderson Silva, que participam dos encontros de rugby em Recife. “Foi uma história que surgiu na primeira aula na comunidade. O vínculo dos gêmeos Silva com os Sancery foi automático. Cheguei para os meninos e apresentei a história dos Sancery. Disse que eles tinham potencial para também alcançarem a seleção brasileira. Mas precisavam seguir se dedicando nos treinos. Os garotos ficaram muito empolgados. Mostrei vídeos dos Sancery na seleção. Foi um estímulo gigante. Depois fizemos até uma montagem no Instagram com fotos dos jogadores da seleção e dos meninos aqui do projeto”, declarou Abrãao.

Foi através dessa postagem que a história chegou ao São José Rugby, clube de Felipe Daniel Sancery. “Participei de uma live com os garotos para falar dos valores do esporte e tudo mais. Foi o André Nogueira, ex-jogador e agora um dos administradores do São José Rugby, que teve a ideia de mandar as camisetas com o meu nome e o do meu irmão para os garotos. E deu muito certo. Muito bom ver essas crianças felizes e empolgadas para seguir no esporte. Sabemos das dificuldades que os Diamantes do Gueto enfrentam. E qualquer tipo de ajuda é super bem-vinda. Ninguém tem dúvida de que o jovem que tem contato com o esporte desde cedo tem uma mente mais aberta, consegue ter redes sociais mais amplas. Enfim, uma vida melhor”, declarou Felipe.

“Quando menos esperávamos, recebemos o contato do clube e dos irmãos. Eles falaram que iam mandar as camisetas para a gurizada do nosso projeto. Foi uma bênção para todos nós. A molecada amou o presente. Sentiram-se muito valorizados. Eles sempre falam que estão guardando muito bem as camisetas. Só usam para vir à oficina de rugby”, comemora Abraão.