O presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, saudou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o projeto da Superliga, dizendo que a Uefa e a Fifa não entendem o negócio do esporte e a necessidade de aumentar as receitas dos clubes.

O tribunal superior da UE disse que os órgãos dirigentes violaram a lei do bloco ao impedir a formação de uma Superliga, mas os clubes e as ligas se uniram para denunciar o projeto, comprometendo-se a jogar em competições administradas pela Uefa.

Presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, durante entrevista coletiva em Nápoles
31/08/2012 REUTERS/Ciro De Luca
Presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, durante entrevista coletiva em Nápoles
31/08/2012 REUTERS/Ciro De Luca

Para  Aurelio De Laurentiis, presidente do Napoli, a Uefa e a Fifa não entendem o negócio do esporte e a necessidade de aumentar as receitas dos clubes – Reuters/Ciro De Luca/Direitos Reservados

Os clubes espanhóis Real Madrid e Barcelona são os únicos que ainda apoiam o projeto da Superliga e De Laurentiis disse que discutiu a situação com o presidente do Real, Florentino Pérez.

“A Superliga foi um passo errado [em 2021], que, no entanto, provocou essa mudança. Agora precisamos pensar seriamente”, disse De Laurentiis ao Corriere dello Sport. “Conversei com Florentino Pérez e concordamos em colocar alguns empresários de verdade na mesa, não apenas presidentes nominais. Porque hoje o futebol é administrado por pessoas idosas, mas, acima de tudo, elas não têm visão.”

O Napoli, atual campeão italiano, não estava entre os 12 clubes por trás do plano original para a liga separatista em 2021. As três equipes italianas envolvidas eram Juventus, Milan e Inter de Milão.

O Milan e a Inter se retiraram em 48 horas após o clamor dos torcedores e a ameaça de punições. A Juventus optou por se retirar no início deste ano após a mudança da diretoria do clube.

O tribunal superior da UE disse que a Fifa e a Uefa abusaram de sua posição dominante ao proibir os clubes de competir em uma Superliga quando foram ameaçados com sanções.

“A posição dominante da Uefa e da Fifa, que a Europa hoje censura, serviu para conceder bônus em troca de consentimento”, acrescentou De Laurentiis. “Aqueles que governaram até agora como monopolistas não entenderam que o futebol é um negócio e precisa de receitas crescentes.”

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