Lusia “Lucy” Harris, a pioneira do basquete que ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1976 e a primeira mulher negra a entrar no Hall da Fama do Basquete, morreu aos 66 anos, informou sua família nesta terça-feira (18). A causa da morte não foi divulgada.
“Estamos profundamente tristes em compartilhar a notícia de que nosso anjo, matriarca, irmã, mãe, avó, medalhista olímpica, ‘Rainha do Basquete’, Lusia Harris faleceu inesperadamente hoje no Mississippi”, disse a família em comunicado. “Ela será lembrada por sua caridade, por suas conquistas dentro e fora da quadra, e pela luz que trouxe para sua comunidade, o Estado do Mississippi, seu país como a primeira mulher a marcar uma cesta na Olimpíada, e por mulheres que jogam basquete em todo o mundo.”
Harris, a décima de 11 filhos, foi uma jogadora de destaque no ensino médio antes de ingressar na Delta State, onde ganhou três campeonatos nacionais consecutivos e foi três vezes MVP (Jogadora Mais Valiosa).
Ela liderou a seleção dos Estados Unidos na conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em 1975, e prata no ano seguinte, nos Jogos de Montreal, a primeira Olimpíada a ter um torneio feminino de basquete.
USA Basketball mourns the loss of The Queen of Basketball, Lusia Harris.
Lusia was a 1976 Olympic silver medalist, scored the first points in Olympic women’s basketball history & became the first Black woman inducted into the Naismith Basketball Hall of Fame in 1992. pic.twitter.com/ISrRjIqM3x
— USA Basketball (@usabasketball) January 19, 2022
Ela foi convocada pelo New Orleans Jazz da NBA em 1977, mas nunca jogou na liga, preferindo se concentrar em construir uma família. Ela foi introduzida no Hall da Fama do Basquete Naismith em 1992 e no Hall da Fama do Basquete Feminino em 1999.
Sua história de vida foi narrada em um documentário aclamado pela crítica no ano passado, intitulado “The Queen of Basketball”.
“Quando recebi a ligação e eles disseram que queriam fazer esse documentário, fiquei realmente surpresa”, disse ela ao Good Morning America em junho. “Foi simplesmente fantástico.”
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