O primeiro ano após uma edição de Jogos Olímpicos costuma ser de renovações, recomeços e arranjos para um novo ciclo que apenas se inicia. Neste contexto, 2025 reservou muitos campeonatos mundiais em modalidades olímpicas e, entre caras novas e nomes conhecidos, os atletas brasileiros tiveram desempenho destacado.

O Prêmio Brasil Olímpico, realizado recentemente no Rio de Janeiro, coroou dois nomes que se sagraram campeões do mundo este ano. Entre as mulheres, Maria Clara Pacheco, do taekwondo, campeã mundial na categoria até 57 quilos na China. Entre os homens quem levou foi Caio Bonfim, campeão mundial na marcha atlética 20 quilômetros no Japão (Bonfim também foi prata na prova de 35 quilômetros no Mundial disputado em Tóquio).

O boxe brasileiro viu surgir a sucessora de Bia Ferreira, que rumou para o circuito profissional. A carioca Rebeca Lima, de 25 anos, subiu ao lugar mais alto do pódio no Mundial disputado em Liverpool (Inglaterra). A pugilista levou o título na categoria até 60 quilos, a mesma que Bia venceu por duas vezes, em 2019 e em 2023.

Outros atletas chegaram perto da coroa mundial em 2025 e terminam o ano com saldo positivo. O mesatenista Hugo Calderano é um deles. Ele foi vice no Mundial disputado no Catar, mas por outro lado venceu a prestigiosa Copa do Mundo realizada na China. Foram mais três títulos em etapas do circuito mundial. Além disso, a parceria com a namorada Bruna Takahashi alcançou o sexto lugar no ranking global.

Na ginástica rítmica o Brasil teve uma oportunidade de ouro ao sediar o Mundial no Rio de Janeiro. A equipe formada por Nicole Pircio, Maria Paula Carminha, Eduarda Arakaki, Sofia Madeira e Mariana Gonçalves alcançou a prata em duas ocasiões: na disputa geral e na série mista.

Se o conjunto brasileiro brilhou na ginástica, outros esportes coletivos não gozaram do mesmo sucesso em 2025. No vôlei, a equipe feminina ficou com o bronze na Tailândia, adiando mais uma vez o sonho do título inédito, enquanto os homens acabaram eliminados ainda na primeira fase do Mundial. No handebol, que também teve Mundial nos dois naipes, homens e mulheres pararam nas quartas de final. O adendo é que para o time masculino o sétimo lugar foi a melhor colocação na história.

Em outras modalidades que não possuem uma competição separada para definir o campeão mundial, o Brasil viu seus atletas retomarem o protagonismo de outrora. No surfe, após um raro ano em que não teve um atleta campeão do circuito, o país voltou ao topo com o título de Yago Dora. Com isso, são oito títulos nas últimas onze edições da WSL (Liga Mundial de Surfe) entre os homens. Dora se juntou a Gabriel Medina, Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo como surfistas brasileiros com, ao menos, um caneco mundial no currículo.

Já no tênis, João Fonseca confirmou as expectativas geradas antes do início da temporada e fez um grande ano: saltou da 145ª para a 24ª posição no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) com dois títulos de nível em Buenos Aires (Argentina) e na Basileia (Suíça), além de triunfos contra tenistas mais experientes e bem colocados no top 25. Aos 19 anos, Fonseca se prepara para uma temporada desafiadora, com cada vez mais atenção voltada para si, além de toda esperança de um país que busca um novo ídolo no esporte.