Na sede da Sociedade dos Amigos da Croácia, na Mooca, um dos bairros mais tradicionais da capital paulista, na zona leste da cidade, o sentimento foi bem diferente da maioria dos brasileiros. Uma ilha de alegria num mar de decepção.
Vestindo uma camisa verde e amarela na frente e vermelha e branca nas costas, o professor croata-brasileiro Carlos Alberto Majer tinha uma vantagem enorme na partida que eliminou o Brasil da Copa do mundo do Qatar.
E depois de um primeiro tempo disputado, Carlos Alberto Majer foi consolidando a certeza da vitória.
E foi apostando no empate que Aline Bischoff, nascida em São Paulo, mas neta de croatas, ensinou como falar o nome da seleção vencedora.
Infelizmente, foi empate. Aline e a torcida croata até tiveram que conter o grito quando Neymar marcou o único gol para o Brasil no primeiro tempo da prorrogação. Mas gritaram com vontade quando Bruno Petkovic empatou faltando menos de 5 minutos para o Brasil sair vitorioso.
E foi esse grito que se repetiu a cada pênalti marcado pela Croácia e a cada gol perdido pela seleção brasileira. E assim, os vice-campeões da copa de 2018 tiraram o pentacampeão mundial da disputa.
O empresário Gabriel Farac, filho de croata, tem orgulho da história dos seus ancestrais, um país que conquistou a independência da Iuguslávia, em 1995, depois de quatro anos de guerra. Foi com esse orgulho que esse brasileiro de coração vermelho e branco comemorou o resultado.
Agora, enquanto a seleção brasileira prepara as malas pra voltar pra casa, os croatas se preparam para enfrentar a Argentina na próxima terça-feira.