Yonas Kinde, de 36 anos, nasceu na Etiópia, mas teve que deixar o país em 2012, quando passou a viver como refugiado em Luxemburgo, um pequeno país na Europa Ocidental,
Por ser refugiado, em 2016 ele defendeu a bandeira olímpica na maratona no Rio de Janeiro.
Agora, em 2021, volta a disputar os jogos. Mas, desta vez Yonas vai representar Luxemburgo, país que o acolheu e lhe concedeu a nacionalidade.
O número de refugiados que vão participar na condição de atletas independente triplicou em comparação à última edição das Olimpíadas. No Rio de Janeiro, em 2016, uma comitiva de 10 refugiados participou dos Jogos Olímpicos e das Paralimpíadas Este ano, no Japão, serão 29 atletas disputando medalhas olímpicas e 6 paralímpicas.
A marca da equipe é a diversidade: atletas de 11 diferentes nacionalidades, acolhidos em 14 países diferentes.
Miguel Pachioni, Porta Voz da Acnur, Agência da Onu para refugiados, diz que essas pessoas, perseguidas por diferentes motivos em seus países de origem, além de buscar a sobrevivência, querem uma oportunidade para mostrar seus talentos. E vão lutar pela bandeira olímpica, sem representar o país de origem.
Miguel Pachioni diz ainda que esses atletas disputam as provas em condições de igualdade e todos têm chances de medalhas. Nos últimos anos, além de apoio, receberam uma bolsa auxílio , fundamental para manter os treinamentos e o preparo físico.
A ACNUR estima que 26 milhões de pessoas estão na situação de refugiadas no mundo todo. A iniciativa de criar a equipe olímpica de refugiados é da Agência, que tem parceria com o Comitê Olímpico Internacional. Em Tóquio, os 35 atletas vão competir em 12 modalidades olímpicas.