A Ucrânia espera retirar nesta sexta-feira (29) civis que estão escondidos em uma enorme siderúrgica com os últimos combatentes, defendendo a cidade de Mariupol, no Sul do país. “Uma operação está planejada hoje para tirar os civis da siderúrgica”, disse o gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy, sem dar detalhes. A Rússia não comentou imediatamente as declarações da Presidência ucraniana.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, após se encontrar com Zelenskiy em Kiev, na quinta-feira, que intensas discussões estavam em andamento para permitir a retirada de pessoas da siderúrgica de Azovstal, que foi atacada pelas forças russas que ocupam Mariupol.

“Estamos dependendo da boa vontade de todas as partes e estamos nisso juntos”, disse o coordenador de crise das Nações Unidas, Amin Awad, à Reuters na manhã desta sexta-feira.

Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou “em princípio” com o envolvimento da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na operação de retirada de Azovstal.

O conselho municipal de Mariupol disse que cerca de 100.000 moradores, em toda a cidade, estão “em perigo mortal” por causa dos bombardeios russos e das condições insalubres, e descreveu uma escassez “catastrófica” de água potável e alimentos.

A Rússia declarou vitória em Mariupol na semana passada, mas centenas de forças ucranianas permanecem no vasto complexo industrial da siderúrgica de Azovstal. Civis também estão abrigados no local.

*Reportagem adicional de Leonardo Benassatto

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