A revista Isto É  nº 2159, ano 35, de 30 de março de 2011, em sua página 32, nos revela como está divido o Congresso Nacional, ou seja, para quem trabalha nossos deputados. Esse texto é de fundamental importância para aqueles que gostam e pretendem participar de mobilizações para a mudança de nossa Corporação nos próximos anos.
Diariamente ouço questionamentos sobre o porque de alguns grupos conseguirem algo e nós não. Como estamos amadurecendo politicamente precisamos aprender quais são e como operam os grupos de pressão que dominam a Câmara e o Senado. A maioria desses grupos financia bancadas informais com gente de todos os partidos para manter ou mudar algumas leis. Outros grupos são pautados por movimentos civis. “Em comum, todos já definiram o que vão defender nesta legislatura.”
Precisamos compreender que nos países onde as polícias sofreram mudanças significativas o primeiro passo foi o fortalecimento dos direitos políticos e posteriormente dos direitos civis. É uma escalada. Não podemos desistir. Outro ponto de fundamental importância é que “ao contrário das bancadas dos partidos, não é o tamanho dos blocos temáticos que determina suas forças. Importante, no caso, tem sido a capacidade de MOBILIZAÇÃO. “
Observe como está “fatiado o Congresso”.
– 273 parlamentares – ligados a empresários e industriais (Bancada empresarial/indústria/micro e pequena empresa);
– 160 parlamentares – ligados a fazendeiros, agropecuários e integrantes do agronegócio (Bancada ruralista);
– 73 parlamentares – ligados a dirigentes sindicais, trabalhadores, aposentados (Bancada sindical);
– 66 parlamentares – ligados a igrejas evangélicas (Bancada evangélica);
– 60 parlamentares – ligados a prefeitos (Bancada dos municípios);
– 60 parlamentares – ligados aos donos de rádio e tv (Bancada dos proprietários de meios de comunicação);
– 50 parlamentares – ligados a planos de saúde, santas casas e laboratórios farmacêuticos (Bancada da saúde);
– 44 parlamentares – ligados a defensores de direitos das mulheres (Bancada feminina);
– 43 parlamentares – ligados aos movimentos de defesa dos direitos dos negros (Bancada afrodescendente);
– 33 parlamentares – ligados a escolas e universidades privadas (Bancada da educação);
– 20 parlamentares – ligados a entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente (Bancada em defesa das crianças e dos adolescentes);
– 15 parlamentares – ligados a militantes da causa ambiental e ONG´s “verdes” (Bancada ambientalista);
– 15 parlamentares – ligados a agentes, delegados, promotores, procuradores e juízes (Bancada da Segurança Pública – Líder Protógenes Queiroz e Keiko Ota);
– 10 parlamentares – ligados aos integrantes do movimento GLBT (Bancada homossexual);
– 9 parlamentares – ligados aos clubes de futebos e federações (Bancada da bola);
– 8 parlamentares – ligados as instituições financeiras (Bancada dos bancos);
– 8 parlamentares – ligados aos pequenos agricultores e cooperativas de crédito (Bancada da agricultura familiar). 
Acredito que analisando dessa forma fique mais fácil compreender que para construirmos a polícia que queremos no futuro (vinte anos) é preciso construir uma “bancada”.