O jornal Correio Braziliense traz hoje uma reportagem sobre a “redução” dos registros de crimes de sequestros relâmpagos, comparados com os três primeiros meses do ano passado. Ao ver a reportagem refleti sobre o que aconteceu durante o primeiro semestre de 2012.

Já havia comentado com amigos que certamente, sem medo de errar, haveria uma redução dos “números” de ocorrências registrados no ano passado, o que iria favorecer o governo em ano pré-eleitoral. Bola de cristal? Não. Ano passado ocorreu uma “paralisação” das forças de segurança, em especial, uma operação chamada OPERAÇÃO TARTARUGA.

Por diversas vezes publiquei aqui que antes de fazer uma “operação padrão” é necessário fazer um “operação tolerância zero”, defendi que deveríamos fazer uma operação “arrocho total” inúmeras vezes. Por quê? Para reduzir os “índices criminais” ao máximo possível em um ano e gerar “efeitos estatísticos” nos próximos dois anos, em nosso caso, em especial no ano eleitoral. Como reduzir os índices criminais? Aumentando o número de registro de ocorrências. É a única forma utilizada no DF para mensurar o “aumento” ou “redução” da criminalidade. Tal método deveria ter sido realizado até setembro do ano passado. E somente de lá para cá deveríamos ter avançado, até porque esse ano teremos Copa das Confederações e ano que vem teremos Copa do Mundo. O imediatismo e a falta de visão estratégica nos derrotou.

Recentemente ouvi lideranças afirmando que a operação do ano passado foi realizada no tempo errado. Não tenho dúvidas. Para recebermos coisas novas devemos abrir mão das velhas. Isso incluí os velhos métodos. Fazer sempre as mesmas coisas nos fará receber sempre o mesmo. Por isso sempre recebemos “migalhas”, pois temos medo de ousar e falta-nos visão.

Martin Luther

Leiam o texto do correio e tirem suas próprias conclusões:

Três primeiros meses de 2013 registram quase 50 casos a menos de sequestroSegundo dados da Secretaria de Segurança Pública, nos três primeiros meses deste ano, foram 158 casos contra 207 no mesmo período de 2012. O Plano Piloto continua concentrando a maior parte das ocorrências e os homens são as maiores vítimas

Ariadne Sakkis

Publicação: 04/04/2013 06:04 Atualização:

Um levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal mostra uma redução de 23% no número de ocorrências de sequestros relâmpagos no primeiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. O total de registros caiu de 207 para 158 casos. Em março, 43 crimes dessa natureza foram computados contra 73 observados no mesmo mês de 2012, o que representa uma queda de 41%. As autoridades acreditam que a melhoria nos índices reflete os esforços de integração das forças policiais no combate à violência.De acordo com o secretário adjunto de Secretaria de Segurança Pública, Jooziel de Melo, por meio da Ação pela Vida, política que integrou a atuação das instituições de segurança, a Polícia Civil conseguiu traçar o perfil dos criminosos e efetuar prisões — foram 40 entre janeiro e março, 18 delas só no mês passado. A análise das ocorrências ajudou a mapear os locais, horários e indivíduos mais suscetíveis à atuação dos bandidos.
Mapa da Criminalidade
Saiba mais:
“Vejo um “endurecimento” do movimento no futuro, mas não é o momento.  Creio que tal momento seja apenas no segundo semestre. Vejo a criação de um grupo de trabalho semelhante a criação de CPI´s. É uma forma de ganhar tempo e sempre termina em pizza. Está claro que o movimento tornou-se palco político para alguns. Já tem gente achando-se vencedor nas urnas na próxima eleição. Mais uma vez volto a perguntar: O governo irá fortalecer seus adversários concedendo aumento a pedido deles? A ausência de representantes do governo no movimento é um recado que não pode ser desprezado. A política é feita de sinais. Precisamos voltar a organização inicial…
Se a operação tartaruga não está surtindo mais efeito é preciso alternar com outra operação…”
http://aderivaldo23.wordpress.com/2012/04/12/uma-analise-da-assembleia-do-dia-12042012-e-hora-de-cautela/
http://aderivaldo23.wordpress.com/2012/05/16/uma-analise-do-movimento-por-melhorias-na-corporacao-recordar-e-viver/

“Em minha opinião fria e franca, as negociações irão se arrastar por um bom tempo. E nós teremos que ter paciência para continuarmos mobilizados. Mas devemos dar um prazo. Esse prazo deveria ser até o final de maio. Nesse período oscilaríamos as estratégias em várias operações. A partir do mês de maio seriam paralizações relâmpago ou coisas do gênero. Um uso progressivo da força durante a negociação.

Possivelmente o processo irá se arrastar para o segundo semestre, onde nosso poder de influência aumenta, devido as eleições municipais. A pressão de Brasília pode dar início a um “movimento nacional grevista”. Lógico que tudo isso vai depender da maneira como será votada a “PEC 300″ nos próximos dias e a forma como seremos tratados. Se for votada muita coisa muda em nosso cenário…”

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