Todos os dias, ao encontrar um policial militar, surge a pergunta: “E aí Aderivaldo, o que tem de bom para nós com este governo?” Sempre tenho cautela ao responder, pois sei que a situação no DF é caótica. Tento não criar falsas expectativas,  pois sei que o momento requer muita sabedoria, mas também não mato as esperanças, pois o ser humano vive de esperança.

Particularmente, acredito que nos próximos dois anos (2015/2016) não se discute salário. Termos que agradecer as conquistas do último ano, ou seja, os ganhos do auxílio moradia que virão até 2016, onde o salário de um soldado irá para R$ 7.100,00. Serão tempos difíceis. Mas iremos superar.

Nos próximos dois anos nosso foco deve ser criar mecanismos que dêem fluidez a nossa carreira. É urgente e necessário acelerar as promoções. Assim, neste primeiro momento teremos dois ganhos: ascensão profissional e reajuste embutido nas promoções. A vantagem da promoção é que ela serve para a aposentadoria, alguns reajustes que temos conseguido não tem tido o mesmo efeito. Em minha opinião “terminar bem (subtenente ou mais), com o aceleramento das promoções e reajustes melhores para subtenente e sargentos, é melhor que começar bem (soldado), pois nossa ideia é que a graduação seja transitória.

Outro ponto que merece atenção é nosso “plano de saúde” ou nosso “sistema de saúde”. Precisamos criar mecanismo para continuarmos com um bom atendimento. Nosso fundo de saúde corre perigo devido a má gestão nos últimos anos. Além disso, a segurança jurídica (defesa judicial por meio do estado) é uma necessidade. Não podemos mais gastar dinheiro com advogados por servir a sociedade. Um bom exemplo é a defesa de policiais por meio da Procuradoria do Estado do Maranhão. Quem sabe não é possível aplicar aqui? Precisamos ter foco, união e habilidade política para atingir nossos objetivos. Vamos todos caminhar em linha, juntos, na mesma direção. É possível obter bons resultados! Acredito que o atual governo tenha interesse em discutir o tema.

Acredito que seja importante focar naquilo que é possível. De maneira consciente precisamos discutir os pontos que queremos e alinharmos com as possibilidades da conjuntura política. Vamos primeiro ao que é consenso entre nós e depois as questões polêmicas. É possível construir algo bom se falarmos a mesma língua.

Por: Aderivaldo Cardoso

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