O principal recado com a demissão de Bebianno é o que interlocutores do governo e aliados mais temiam: a vitória de Carlos. Para um deputado, exonerar Bebianno expressa o poder de ingerência do filho sobre a decisão do presidente.
A avaliação é de que é preciso controlar o pivô da crise, responsável por ter publicado um áudio em que Bolsonaro nega uma conversa a Bebianno por motivos clínicos, quando ainda estava hospitalizado em São Paulo.
“Achei que a crise talvez tenha ajudado o governo a se desvencilhar dos filhos. Precisamos de um centro de poder institucional, e não informal”, ponderou.
A demissão frustrou a Casa Civil. Os responsáveis pela articulação política esperavam que a crise fosse superada e, enfim, reforçassem as conversas com os parlamentares para a construção da base de apoio à reforma da Previdência.
Nos últimos três dias, Onyx passou mais tempo tentando equacionar a crise do que fazendo a interlocução com o Congresso.
“A expectativa do ministro era passar a página para poder entrar de cabeça na reforma. Qualquer turbulência é ruim, pois favorece a oposição, disse um interlocutor da pasta.
Com informações do Jornal Correio Braziliense