Nós policiais militares estamos passando por um processo de amadurecimento político, apesar de ainda termos muitos radicais em nosso meio e alguns que ainda acreditam no discurso do mártir. Particularmente acredito na associação de pessoas com objetivos comuns em prol de algo coletivo. A individualidade está sendo banida e cada vez mais os interesses coletivos se sobrepõem. Vários grupos estão surgindo em nossa Corporação, mas pelo andar da carruagem irão se tornar “mais do mesmo”…
Acredito que o “sucesso é o resultado da prática constante de fundamentos e ações vencedoras. Não há nada mais milagroso no processo, nem sorte envolvida. Amadores aspiram, profissionais trabalham.” (Bill Russel)
O sucesso de nossas ações está atrelado ao nosso trabalho, mas também ao “espírito de corpo”, ou seja a equipe. Precisamos agir de maneira coordenada, não dá mais para fazermos como nossos companheiros faziam antigamente. Várias associações puxando a corda pro seu lado, exclusivamente. Interesses pessoais sobrepondo a coletividade.
Não há dúvida de que “a disciplina é a ponte que liga nossos sonhos às nossas realizações”. Precisamos planejar bem e executar bem aquilo que foi proposto. Para isso precisamos compreender a importância da preparação e instrução no desenvolvimento cultural e profissional. Precisamos nos dedicar com obstinação, na busca de nosso objetivo, que é a melhoria do nosso plano de carreira, se é que temos um!
Precisamos entender que a paixão por nossa Corporação deve ser a nossa maior motivação e que depois do dia 10 de março iremos nos superar a cada dia, principalmente nossas limitações individuais, para juntos atingirmos nosso objetivo. É preciso não esquecer que a vaidade é inimiga do espírito de equipe. Precisamos ter um “brilho especial nos olhos” para não desistirmos no primeiro obstáculo. Precisamos trabalhar a perseverança, a obstinação e a força de vontade para não recuarmos diante de tais obstáculos. Precisamos desenvolver o senso de observação para compreendermos que necessitamos do apoio de todas as forças políticas e de que o inimigo de hoje pode ser o aliado de amanhã. Não precisamos de radicalismos bobos!
Precisamos entender que o sentido de coletividade é mais importante do que eventuais centelhas individuais. Não podemos desperdiçar talentos, por mais que tenhamos aspirações no futuro. Precisamos da união de todos em prol do objetivo comum. Precisamos monitorar constantemente nossas vaidades para que não falhemos ao planejar, pois ao falhar nessa área estaremos planejando para falhar. O planejamento em questão deve visar AS METAS FACTIVÉIS, AMBICIOSAS, MAS REALIZÁVEIS, se não for assim as frustrações virão inevitavelmente. Não podemos brincar com o sentimento de nossos irmão de farda!
Não tenho dúvida de que “quanto mais as pessoas acreditam em uma coisa, quanto mais se dedicam a ela, mais podem influenciar no seu acontecimento.” Precisamos permanecer coesos em prol das melhorias internas de nossa Instituição e do fim das desigualdes existentes. Precisamos encarar o desafio de influenciar nosso destino na Corporação como a grande oportunidade de nossas vidas. Não podemos prometer o que não se pode cumprir. Isso é regra básica da moral. Precisamos compreender a importância de todas as “peças” dentro do sistema político, mesmo as “consideradas” menos importantes. Nossas metas devem ser ideais e plausíveis para não cairmos em descrédito. Devemos evitar rotular as pessoas, principalmente aqueles que estão com poder de influência no momento, precisamos conquistá-las, trazê-los para o nosso lado, fazê-las compreender a importância de nossas idéias. Precisamos nos concentrar na união para a formação de uma equipe vitoriosa, não em alimentar revanchismos.
Gosto da frase de ANN LANDERS que diz: “As oportunidades normalmente se apresentam disfarçadas de trabalho árduo e é por isso que muitos não as reconhecem.”
Liderar é trabalhar muito e está intimamente ligada a confiança.
“A CONFIANÇA É A BASE DE QUALQUER RELAÇÃO. E É SOBRE ESSE PILAR QUE DEVEMOS CONSTRUIR O RELACIONAMENTO COM NOSSOS COLABORADORES.”
Nossos líderes emergentes estão trabalhando esse lado? Uma casa que não tem base não se sustenta por muito tempo. Precisamos começar com um bom alicerçe. Não podemos deixar nosso radicalismo acabar com nossos relacionamentos. O conflito é que gera mudanças e esse conflito é gerado nos debates. “O questionamento constante é uma grande fonte de crescimento. E o crescimento, por sua vez, é uma fonte de satisfação.” Precisamos não somente questionar o próximo, mas também a nós mesmos! Aos novos líderes em nossa Corporação sugiro que trabalhem para fortalecer a parte emocional, de forma a não perder o foco na execução de sua missão. Vamos procurar compreender nosso passado para construir nosso futuro, tentando entender os porquês de uma derrota, sempre assumindo as suas responsabilidades para seguir em frente com grande estilo. Como dizem “errar na forma é aceitável, mas nunca na intenção.”
Vejo que para não sermos mais do mesmo precisamos aprender que “não importa o tamanho do seu talento, se você é incapaz de fazer parte de um grupo, de uma comunidade, e se dá mais importância ao EU do que ao NÓS. Ninguém chega sozinho ao topo, se chegou tem algo errado!
A frase que mais gosto e que mais me motiva é:
“A missão de um líder e sua contribuição de buscar o máximo de cada um muitas vezes contrariam interesses, mas ele deve seguir suas convicções sem buscar popularidade, e sim o melhor para equipe.”
Para chegarmos ao nosso objetivo, que é transformar a polícia militar por meio da nossa valorização profissional, precisamos estar comprometidos uns com os outros. “Comprometimento pressupõe divisão de responsabilidade”, além de comprometimento devemos ir além, devemos ter cumplicidade, que “é fruto de egos e vaidades sob controle.”
O mais importante para concluir é que precisamos aprender a importância do trabalho em equipe, precisamos incentivar lideranças, manter a motivação elevada, perseverar e buscar a superação constante. Precisamos envolver pessoas, trabalhar o comprometimento e a cumplicidade entre as peças da “grande engrenagem”. Não podemos esquecer que disciplina ética são hábitos que perpetuam bons resultados.
Uma grande lição deixada por James C. Hunter é que “não devemos nos orgulhar de ser melhores do que os outros, e sim melhores do que já fomos.” Precisamos ter a consciência de que uma equipe nem sempre é formada pelos melhores, mais capazes, mas sim pelas pessoas certas. Ter uma consciência coletiva, isso exige desprendimento, solidariedade, companheirismo e espírito de equipe. O cenário atual está favorável e está gerando grandes expectativas, o que pode gerar grandes frustrações, devemos nos preparar para isso. “Expectativa gera responsabilidade, o que leva à necessidade de mais trabalho e a uma atenção ainda maior aos detalhes.”
Muitas das citações acima pertecem ao Professor Bernardinho, mas a frase que mais me inspira é:
“Experiência de vida, algumas vitórias e desilusões vão mostrando qual é o caminho. E o caminho é este: compartilhar, ser solidário, competir sadiamente uns com os outros para que pudéssemos crescer. Esse grupo trabalhou muito e foi um grupo antes de qualquer coisa.” (Bernardinho – após a vitória contra a Itália, na final da Olimpíada de Atenas, em 2004).
A vida é um jogo. Estamos entrando no jogo de nossas vidas no próximo dia 10 de março.
Encerro com outra frase do mestre que diz:
“A escolha das pessoas certas e o trabalho em equipe são passos fundamentais para desempenhos de alto nível. A consciência de que a interdependência e a complementariedade das funções entre as peças tornam o trabalho coletivo eficaz é o que gera o verdadeiro brilho da equipe.”
Acredito que sozinho ninguém chega ao topo, precisamos fazer diferente para atingirmos nossos objetivos, precisamos das várias forças existentes em prol de um único objetivo! Esse é o desafio…
“SUPERAÇÃO É TER A HUMILDADE DE APRENDER COM O PASSADO , SER INCONFORMADO COM O PRESENTE E DESAFIAR O FUTURO.” (BERNARDINHO)
Reflexão sobre a reunião do dia 10 de março- Precisamos de união!
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