Um dos representantes do Distrito Federal no Senado, José Antônio Reguffe (sem partido) lançará candidatura à presidência da Casa nesta segunda-feira (28/1). Ancorado na bandeira de corte de despesas, o parlamentar defende a redução de 55 para 12 assessores em cada gabinete, fim do plano de saúde vitalício e da verba indenizatória. Reguffe critica prováveis adversários pela falta de propostas.
“Os candidatos estão apenas lançando seus nomes. Não estão colocando propostas e compromissos objetivos. O Senado precisa mudar. Nós precisamos ter um Senado mais transparente e que custe muito menos para o contribuinte do que hoje”, declarou.
Reguffe tem formação em jornalismo e economia. Antes de chegar ao Senado, em 2015, o político foi deputado distrital, entre 2007 e 2010, e deputado federal de 2011 a 2014.
O senador admite que o discurso de tesourada nos gastos pode não conquistar os colegas. Contudo, destaca que o importante é colocar o tema em debate.
“A gente precisa discutir o custo e o papel do Senado no país. Eu espero que eles tenham a lucidez de que não pode custar o que custa hoje para o contribuinte”, assinalou.
A costura em busca dos votos começou. “Tenho tido boas conversas com os novos senadores. Essas propostas têm tido uma boa repercussão entre eles”. Porém, Reguffe diz não se importar se tiver apenas o próprio voto.
O senador lembra ser exemplo do que defende: tem apenas nove assessores, abriu mão do plano de saúde vitalício e outros benefícios.
“Com essas medidas que tomei no meu gabinete, economizei R$ 16 milhões só de gastos diretos, sem contar gasolina e encargos, por exemplo. Se multiplicar por 81, dará mais de R$ 1 bilhão”, prevê.
Disputa
O senador do Distrito Federal entra em uma corrida com ao menos oito concorrentes. E ele tem pouco tempo para conquistar votos, uma vez que a eleição para o comando da Casa pelos próximos dois anos será na sexta-feira (1º/2).
Até o momento, tentam a presidência os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Renan Calheiros (MDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Simone Tebet (MDB-MS) e Ângelo Coronel (PSD-BA). O atual presidente, Eunício de Oliveira (MDB-CE), não conseguiu renovar seu mandato nas eleições 2018, portanto, está fora da disputa.
Para ser eleito presidente do Senado, é preciso pelo menos 41 dos 81 votos. Em caso de não ter maioria absoluta na primeira disputa, haverá segundo turno.
Com a mudança atual na política, Reguffe seria uma boa opção. Uma boa chance do Governo Bolsonaro mostrar que realmente quer uma nova forma de fazer política e que deseja renovação em todos os níveis. Uma grande oportunidade para os novos senadores desvencilhar dos operadores da “velha política”.
Com informações do Portal Metrópoles