Sem plano B: Ibaneis diz que aposentadorias e pensões estão ameaçadas

Segundo governador, decisão do TCU suspendendo pagamentos dos benefícios da Saúde e Educação com verba do Fundo Constitucional surpreendeu

"O DF, há muito tempo, vive um problema de segurança muito grande. Temos duas corporações que não se entendem de forma alguma. Vou empoderar meu secretário de Segurança" (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

O pagamento das aposentadorias e pensões de servidores das áreas de saúde e educação está ameaçado. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse nesta sexta-feira (16/08/2019), em entrevista à Radio CBN, que, se não conseguir reverter decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) proibindo o uso de recursos do Fundo Constitucional para bancar essas despesas, não há verba suficiente nos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF).

“Já temos um déficit de R$ 700 milhões. Não temos de onde tirar mais dinheiro. Não há plano B”, afirmou o emedebista. De acordo com ele, o momento é de união entre servidores, sindicatos, governo e a sociedade para tentar reverter a decisão no próprio TCU ou no Supremo Tribunal Federal (STF).

A proibição do pagamento foi anunciada pelo TCU na quarta-feira (14/08/2019). No dia seguinte, Ibaneis Rocha fez críticas ácidas ao órgão de controle e fiscalização: “O Tribunal de Contas deveria tomar vergonha na cara e servir para alguma coisa que não seja atrapalhar a vida das pessoas… É um tribunal que não serve para nada, gasta bilhões e não serve para merda nenhuma”

Segundo o governador, o Distrito Federal vive uma “crise institucional” agravada pelas decisões tomadas pelo TCU.

No início do ano, a Corte já havia determinado ao GDF a devolução de R$ 10 bilhões à União. A situação só não está pior porque o Palácio do Buriti conseguiu liminar do ministro do STF Marco Aurélio, após recorrer ao Supremo. Caso contrário, o GDF teria de devolver todo o valor referente ao Imposto de Renda que incide sobre os soldos e benefícios pagos a categorias profissionais cujos salários são bancados pelo Fundo Constitucional – como as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros.

Estudo feito pelo Governo do Distrito Federal, divulgado em primeira mão pelo Metrópoles, mostrou os impactos imediatos da decisão do TCU. O rombo pode ultrapassar os R$ 2,5 bilhões e impedir qualquer possibilidade de reajuste salarial aos servidores públicos locais, além de comprometer investimentos.

Informações do Portal Metrópoles (veja matéria completa)