O deputado distrital Professor Israel Batista (PV), eleito deputado federal, com 67.598 votos, era considerado um dos favoritos na campanha entre os candidatos à Câmara dos Deputados. Grande parte do desempenho dele se deve às políticas desempenhadas pela Secretaria de Políticas para Criança, Adolescente e Juventude (Secriança), onde sempre exerceu influência política, com indicações nos principais cargos. Um dos projetos de grande visibilidade é o #BoraVencer, com cursos para jovens.
Sem licitação
Na Operação Conto do Vigário, da Polícia Civil e do Ministério Público, deflagrada ontem, o alvo são convênios sem licitação com instituições para projetos em escolas públicas com emendas do deputado Israel Batista (PV). Neste ano, há pelo menos mais três emendas de Israel executadas pela pasta. Uma delas, de R$ 3,1 milhões, para fornecimento de todas as refeições de jovens infratores nas unidades de internação e semiliberdade. Detalhe: o contrato ocorreu com dispensa de licitação. Do mesmo modo, foi executada uma emenda do distrital, de R$ 996,7 mil para formação de jovens no programa “Empoderar e empreender — o empreendedor do futuro”, por meio do Instituto Brasil Adentro. A mesma entidade foi contratada para realizar o projeto “Casa de Criatividade e Inovação”, graças à emenda do distrital no valor de R$ 890 mil.
Semelhanças
Na investigação sobre os convênios da Secretaria de Políticas para Criança, Adolescente e Juventude, o Ministério Público do DF encontrou um padrão semelhante ao do ICS, em que várias empresas eram subcontratadas para realizar os serviços. As entidades contratadas sem licitação pela Secriança escolhiam livremente as empresas que forneceriam livros e serviços para alunos da rede pública do DF.
Por Ana Maria Campos – Coluna Eixo Capital – Portal Jornal Correio Braziliense