O governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), teve o impeachment confirmado na tarde desta sexta-feira, 30, pelo Tribunal Misto que analisava o processo. Acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia, Witzel já estava afastado do cargo até o fim do ano por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com o impeachment – o primeiro de um mandatário estadual na Nova República –, ele está definitivamente fora do Palácio Guanabara. É também o sexto chefe do Executivo do Rio de Janeiro acusado de corrupção.

O ex-juiz foi eleito em 2018 com 60% dos votos. O Tribunal Especial Misto decidiu hoje que, além de sofrer impeachment, o ex-governador Wilson Witzel (PSC) ficará inabilitado para o exercício de funções públicas por cinco anos. Na votação sobre o impeachment, o resultado se deu por unanimidade: dez votos a zero. Antes, em votações na Assembleia Legislativa, ele havia perdido duas vezes por 69 a 0 no plenário e uma por 24 a 0 na comissão especial. Ou seja, não recebeu nenhum voto favorável à permanência no cargo durante todo o processo. O governador não compareceu à sessão; foi representado por seus advogados. 

Diante do resultado, o governador interino Cláudio Castro (PSC) assumirá definitivamente o governo do estado. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, ele também é investigado no mesmo suposto esquema de propina na Secretaria de Saúde que levou ao impeachment de seu antecessor.

Witzel foi acusado de crime de responsabilidade e de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha para o combate à pandemia do coronavírus. Também foi responsabilizado por supostamente ter favorecido um empresário ao anular a punição a uma organização social por sua atuação na Secretaria de Saúde.

As acusações do processo de impeachment foram feitas pelos deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB). Elas foram aceitas por unanimidade, tendo apenas um voto para a absolvição no caso dos hospitais de campanha, do deputado Alexandre Freitas (Novo).

Da redação