Com mais uma negativa do governo para aumento de salário, policiais civis do Distrito Federal ampliam atos de protesto. Na manhã desta sexta-feira (18), eles fecharam o acesso ao Complexo da Polícia Civil, próximo do Parque da Cidade, para cobrar paridade com a Polícia Federal. A promessa é de greve na próxima semana.

Durante o ato, houve um princípio de confusão. Discussão entre quem queria entrar no complexo e os sindicalistas, que se negam a abrir passagem. A orientação da entidade é deixar o carro do lado de fora: “ninguém entra”, diz. A Fila de carros já chega a cerca de 60 metros.

Ontem, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) se encontrou com representantes do governo, mas não conseguiu resultado na reivindicação por aumento salarial. Sem negociação, a entidade convocou protesto para esta sexta-feira, com direito ao Criminômetro, que contabiliza as ocorrências registradas no ano e já supera 639 mil casos, e o boneco inflável satirizando o governador Rodrigo Rollemberg.


“O governo fechou a porta para a gente, todo o nosso horizonte, a perspectiva de futuro. Diante da maior crise na segurança pública, ele não prioriza a Polícia Civil”, crítica o presidente Rodrigo Franco. Ele afirma que reajustes não acontecem há oito anos. O bloqueio do acesso ao complexo pode prejudicar a inauguração do Núcleo de Audiência de Custódia, marcado para a manhã desta sexta-feira. “É uma resposta à omissão do GDF e da Direção Geral da PCDF”, justificou o presidente da entidade. A fila de carros provoca congestionamento.
Fonte: Jornal de Brasília – Texto de Jéssica Antunes – jessica.antunes@jornaldebrasilia.com.br