Uma advogada investigada por integrar uma organização criminosa foi presa pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), nessa quarta-feira (9). A captura ocorreu no estado de Santa Catarina, após um trabalho que resultou na localização da suspeita na cidade de Joinville. Essa é mais uma ação dos investigadores cearenses que têm cruzado cada vez mais as divisas do Ceará para efetuar a prisão de suspeitos de crimes em território cearense que tentam se esconder em outros estados da Federação. As informações sobre o trabalho policial foram divulgadas em coletiva de imprensa, no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Fortaleza (CE), nesta quinta-feira (10).

Samya Brilhante Lima, 38 anos, é alvo de um inquérito policial conduzido pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). De acordo com as diligências da equipe especializada, a mulher atuava junto a chefes criminosos recolhidos no sistema prisional cearense, no repasse de informações para outros membros do grupo. Em razão do controle existente dentro dos presídios, os suspeitos que ficam incomunicáveis com o mundo externo confiavam as informações à Samya. Além disso, ela também é suspeita de acessar, de forma fraudulenta, processos judiciais que se encontram em segredo de Justiça.

Diante de todos esses indícios, a Polícia Civil representou pelo mandado de prisão preventiva contra Sâmya. Após o deferimento pelo Poder Judiciário, os policiais civis iniciaram as diligências e levantamentos até chegarem à localização da suspeita. Com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), a mulher foi encontrada na casa de parentes. Sâmya possui antecedente criminal no Ceará pelo crime de receptação a partir de um inquérito policial instaurado em 2015, na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC).

Com a sua prisão, os policiais civis seguem em investigação para identificar outras pessoas que tenham envolvimento com a atividade ilícita. O processo de recambiamento de Sâmya ao Ceará está em andamento.

Prisões em outros estados

Na tentativa de fugir do radar da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), foragidos da Justiça cearense já tentaram se esconder em diversos estados brasileiros. Em 2020, os investigadores da PCCE cruzaram as divisas do Estado e efetuaram 44 prisões em todas as regiões do Brasil, em estados como Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Denúncias

Para combater a atuação de grupos criminosos no Estado, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) conta com a participação da população para repassar informações que auxiliem os trabalhos investigativos. Por isso, a unidade especializada da Polícia Civil do Ceará mantém um número de WhatsApp para receber denúncias de ações criminosas em todo o Estado. A população pode enviar mensagens de texto, áudios, fotos e vídeos para o número (85) 98969-0182.

As denúncias também podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Fonte: PCCE