Foram 250 Crimes Violentos Letais Intencionais. O mês que registrou um índice abaixo desse número foi dezembro de 2019, quando ocorreram 205 casos

O fortalecimento da inteligência, dos trabalhos operacionais e investigativos das Polícias cearenses impactaram positivamente nos índices criminais dos últimos meses no Estado. De acordo com dados compilados pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública, vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o mês de fevereiro apresentou o menor número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) desde dezembro de 2019 quando ocorreram 205 casos. Ao todo foram 250 CVLIs no segundo mês de 2021.

Se o dado for comparado com janeiro deste ano, também houve uma redução de 18,3%, com 306 contra os 250 crimes do segundo mês do ano. Se a comparação for com o mesmo período de 2020, a retração é ainda maior de 45,5% (459 CVLIs registrados em fevereiro/2020).

A estatística vem um dia após a Secretaria da Segurança Pública divulgar os dados de prisões e apreensões durante os dois primeiros meses deste ano. Ao todo, já foram 5.332 pessoas retiradas de circulação pela prática de crimes, sejam por autuações em flagrantes ou por cumprimento de mandados de prisão. Desse número, 2.808 prisões e apreensões ocorreram em fevereiro. O número é superior ao registrado em janeiro último, quando foram 2.524 capturas.

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Sandro Caron, secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, ressalta que essa retração já ocorre mês a mês desde novembro. De lá pra cá foram 343 (novembro), 319 (dezembro) e 306 (janeiro). “Acompanhando os números, desde novembro vem ocorrendo uma queda mês a mês. Tudo isso é resultado de um esforço operacional com muito policiamento preventivo e ostensivo feito pela Polícia Militar. Houve um aumento significativo no número de abordagens, como já anunciado pela Secretaria. Com isso, nós tivemos também no mês de fevereiro um aumento no número de capturas de adultos e de adolescentes envolvidos com a prática de crimes, focando sempre em delitos graves. Houve também um aumento na intensificação das investigações, com o uso maior da inteligência, que auxilia o trabalho da Polícia Civil, e foca hoje nas pessoas que praticam homicídios e também naquelas que ordenam esses crimes”, destacou o gestor.

Caron citou ainda ofensivas como a “Operação Guilhotina”, deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Ceará e que resultou em 16 pessoas capturadas e mais de 1,6 tonelada de drogas apreendida, no Ceará e no Pará. Entre os presos nessa ação estavam dois homens apontados como os chefes de uma organização criminosa, oriunda do Rio de Janeiro, com atuação em território cearense.

“Somado a isso, tivemos todo um combate aos grupos criminosos. Agora em fevereiro, tivemos a operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Civil, em que foi possível levar a prisão da cúpula de um grupo que tem atuação em todo o Brasil e no Ceará. Esse nosso trabalho segue, buscando cada vez uma queda maior, com muita integração, planejamento, estratégia e inteligência”, disse.

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Tecnologia

Fevereiro foi o primeiro mês no qual os gestores da segurança pública tiveram acesso ao Sistema Tecnológico para Acompanhamento de Unidades de Segurança (Status), ferramenta que consiste no uso de inteligência analítica para dados criminais, utilizando a ciência de dados, estatísticas, geoprocessamento e inteligência artificial. O Status foi desenvolvido pelo projeto Inteligência Científica e Tecnológica Aplicada à Segurança Pública, que é parte do Programa Cientista Chefe e fomentado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap/CE), em parceria com a SSPDS, sob a gestão da Supesp.

A ferramenta Status reúne todas as ocorrências importadas de sistemas alimentados por profissionais da segurança pública, divididas por semana, mês e ano. Além disso, a plataforma analítica usa cenários a partir de cadastros de indicadores criminais para subsidiar decisões e ações direcionadas para cada necessidade. Há ainda a possibilidade de realizar uma apresentação visual do ambiente por meio da realização das análises de mapas (“manchas criminais”), análise de estatísticas por principais tipos criminais, entre outros serviços disponíveis no sistema.

Policiais civis e militares estão sendo treinados para descobrir o potencial da ferramenta para uso imediato no planejamento de ações, seja no patrulhamento ostensivo, em ações preventivas ou em investigações de crimes no Estado.

“Importante mencionar que em fevereiro foram lançadas ferramentas tecnológicas e segue sempre a nossa busca no sentido de aliar os homens e mulheres da Segurança Pública ao que há de melhor em termo de tecnologia, com integração e inteligência”, finalizou Caron.

Fonte: PCCE