Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) deflagrou a segunda fase da operação Blackout, que resultou, até o momento, nas prisões de 18 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, organização para o tráfico e por integrar organização criminosa. As capturas, que ocorreram em bairros pertencentes à Área Integrada de Segurança 3 (AIS 3) de Fortaleza, culminou ainda, nas apreensões de armas, munições, drogas, vários maços de cigarros e dinheiro. Outros dois mandados foram cumpridos em unidades prisionais do Estado. Os resultados da operação foram apresentados em coletiva de imprensa na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE).

Com mais de 30 mandados de prisão temporária e cerca de 70 de buscas e apreensões, os investigadores da Delegacia de Narcótico (Denarc) saíram em campo, na manhã de hoje, para retirar de circulação homens e mulheres envolvidos com o tráfico de drogas, com atuação na Grande Messejana. Com o trabalho operacional, até o momento, 18 pessoas foram presas. Outros dois mandados foram cumpridos em uma unidade prisional, onde os suspeitos se encontram recolhidos e respondendo por outros crimes.

Durante a coletiva de imprensa, o secretário da SSPDS-CE, Sandro Caron, destacou que essa é a segunda ação policial exitosa, em dois dias, no mesmo território. O gestor mencionou o trabalho policial realizado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que apreendeu onze armas de fogo.

“Essas áreas da AIS 3 e da AIS 7, mencionando aqui a Grande Messejana, Curió e Sapiranga, são regiões nas quais a nossa atuação é prioritária. Seja a atuação da Polícia Militar, com saturações de área, ou seja com as investigações da Polícia Civil. Sempre destacando que não há combate ao crime organizado sem investigação. Então são operações com prisões qualificadas, investigações bem feitas e com a continuidade de trabalhos. Então em dois dias, foram ações muito importantes e continuaremos atuando nesse território até que esses índices de criminalidade reduzam sensivelmente. Não daremos trégua ao crime organizado no Ceará”, disse.

Já em sua fala, o delegado geral da Polícia Civil, Sérgio Pereira, falou sobre o trabalho permanente da Polícia Civil. “Essa ação de hoje é a concretização de medidas que vêm sendo adotadas dentro de um planejamento estratégico da Polícia Civil que visa sempre identificar os principais alvos relevantes que necessitam ser retirados de circulação de forma prioritária. Hoje, a gente utilizou parte da nossa estrutura especializada, no caso a Delegacia de Narcóticos, que cumpriu essas medidas cautelares, visando justamente combater essa organizações criminosas que têm como foco principal o tráfico de drogas. A prática do tráfico, geralmente, vem associada aos crimes patrimoniais e principalmente aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI)”, destacou.

Além das capturas, cinco armas de fogo, dezenas de munições, drogas, 18 caixas de cigarros contrabandeados, remédio de uso controlado e dinheiro em espécie foram apreendidos. Para o delegado titular da Denarc, Alisson Gomes, o êxito da operação está ligado totalmente ao trabalho ininterrupto das Forças de Segurança para combater as organizações criminosas. “Vamos continuar em campo. Nosso trabalho é desarticular e prender esses indivíduos, e assim dar uma resposta efetiva à sociedade”, pontuou o delegado.

Primeira fase da operação

No último dia 5 de janeiro, a PC-CE deflagrou a primeira fase da “Operação Blackout”, que culminou nas prisões de nove pessoas e no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, que resultaram nas apreensões de veículos e celulares. Os alvos desta primeira fase são investigados por ameaçar moradores dos bairros Vicente Pinzón e Cais do Porto – na comunidade Castelo Encantado, bem como são responsáveis pela distribuição de armas.

Denúncias

A Denarc conta com canais de comunicação direta de denúncias por meio dos quais a população pode compartilhar informações que tenha conhecimento acerca do tráfico de drogas no Ceará. As informações podem ser repassadas pelo número da Denarc: (85) 3472-1560, que é WhatsApp, por onde podem ser enviadas mensagens de texto, áudio, além de imagens e vídeos. As denúncias também podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS-CE, ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.

Fonte: PCCE