A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), cumpriu três mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão expedidos contra investigados pela prática do crime de estelionato, bem como pleiteou o sequestro valores das contas bancárias dos investigados.
Trata-se de investigação em torno de associação criminosa voltada prática de estelionato que consistia em anunciar, em jornais de grande circulação no Estado, na OLX ou em redes sociais, a venda do ágio de um veículo com parcelas de financiamento reduzidas.
Quando algum interessado entra em contato com o número informado no anúncio, o anunciante se identifica como sargento do Corpo de Bombeiros Militar e diz que acabava de vender seu veículo, mas que tinha um familiar, que era pastor, que também estaria vendendo um veículo com condições semelhantes.
A vítima entra em contato com a pessoa indicada, que geralmente se identifica como pastor e relata que estaria fechando a venda para um “garageiro”, mas que não finalizou os termos, já pressionando a vítima a agilizar a proposta para não perder o negócio. Geralmente, as vítimas transferiam cerca de R$ 5 mil para os golpistas.
Sempre para dar maior fidelidade a sua narrativa, o golpista passa o endereço e o telefone da empresa onde supostamente trabalha e um endereço de onde mora, que também é fictício, sempre em Trindade, para a vítima certificar sobre sua índole. No entanto, o número é de uma comparsa que confirma para as vítimas as informações que o golpista repassou.
Após realizar a transferência do valor solicitado, o golpista diz que fez uma besteira, por ser ignorante, e que passou a conta errada, que a conta que ele passou tem limite diário e que o dinheiro que a vítima mandou esta bloqueado até o dia seguinte e que se a vítima quiser continuar com o negócio é necessário que ela faça outra transferência no mesmo valor e passa uma conta diferente que diz ser de outro familiar. Algumas vítimas realizaram mais de uma ou duas transferências, acreditando nos estelionatários.
Nas investigações, identificou-se três pessoas que venderam suas contas bancárias. Duas delas foram presas, bem como um indivíduo que seria um dos líderes do grupo, o qual foi preso e em seus endereços foram cumpridos mandados de busca e apreensão. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos e desmantelar toda a associação criminosa.