A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/Deic), cumpriu mandado de prisão preventiva expedido em desfavor do investigado Francisjunio Gomes de Sousa, 27 anos, suspeito de praticar uma série de furtos mediante fraude em veículos, crimes ocorridos no decorrer do ano de 2020, em Goiânia. A prisão foi efetuada na quarta-feira (02), na capital.
Em fevereiro de 2020, um supervisor de obras procurou os policiais civis do GREF/Deic, bem como a imprensa, e noticiou ter sido vítima do crime de furto, ocasião na qual o autor do crime subtraiu R$ 16 mil do interior do um veículo que estava estacionado em via pública. Chamou a atenção da vítima o fato de não ter encontrado qualquer avaria no veículo que denotasse o arrombamento. Além disso, após analisar imagens de câmeras de vigilância existentes nas imediações do fato, foi possível verificar que um indivíduo não identificado abriu naturalmente a porta do carro, o que levou a vítima a crer que não teria trancado o automóvel ou que teria esquecido o vidro aberto.
Iniciadas as investigações, outras três vítimas de furtos de valores que estavam guardados no interior de veículos estacionados em via pública e próximos a construções ou em lojas especializadas em material de construção procuraram a Deic e narraram fatos semelhantes, sendo que em todos não havia qualquer sinal de arrombamento nos automóveis. Ao aprofundarem nas investigações, os policiais identificaram mais de cinco dezenas de registros policiais no período de janeiro a setembro de 2020, nos quais vítimas de furtos em veículos narraram fatos análogos. Também identificaram que autor do crime utilizava-se de um dispositivo eletrônico, similar a um controle de portão e popularmente conhecido por “Chapolin”, que, ao ser acionado, impede o trancamento do automóvel e possibilita a entrada no veículo sem que seja necessário arrombá-lo.
Com o cumprimento do mandado de prisão preventiva, o investigado ficará recolhido no Complexo Prisional de Goiânia, à disposição do Poder Judiciário, e poderá ser indiciado pela prática de uma série de crimes de furto qualificado, infração penal que possui pena de até 8 anos de reclusão.
A imagem e qualificação do suspeito foram divulgadas em decorrência da primazia do interesse público sobre o particular, pois possibilita o reconhecimento por parte de outras vítimas ainda não identificadas, conforme os ditames da Lei 13.869/2019 e Portaria nº 547/2021 – PCGO.