Por meio de denúncia recebida na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) do Estado de Goiás, chegou ao conhecimento da Polícia Civil que, no dia 03 de janeiro deste ano, através de Live realizada pelo aplicativo “FaceCast”, um homem produziu, transmitiu ao vivo e comercializou imagens de abusos sexuais que ele praticava contra uma criança, de tenra idade, do sexo feminino. Enquanto transmitia ao vivo as imagens dos abusos sexuais, o homem solicitava que os demais usuários do aplicativo lhes enviassem criptomoedas, que posteriormente poderiam ser revertidas em “real”.
Os abusos sexuais foram filmados por uma usuária do mesmo aplicativo. A usuário, ao se deparar com aquelas cenas transmitidas na Live, não se omitiu e, em seguida, procurou a Delegacia de Crimes Cibernéticos goiana, onde entregou as filmagens. Desta forma, a equipe de policiais civis da DERCC de Goiás empreendeu diversas diligências e identificou o criminoso.
O homem, que aparece no vídeo abusando sexualmente da criança, possui 39 anos de idade. A criança abusada é filha dele, e possui apenas 6 anos de idade, sendo ambos moradores de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. As informações levantadas pela Polícia Civil de Goiás apontam que o referido homem possui intenso contato com a filha e ostenta em sua foto de perfil do WhatsApp, uma imagem na qual ele aparece beijando a boca da criança.
A DERCC Goiás compartilhou as informações com a Polícia Civil de Minas Gerais, que imediatamente representou judicialmente pela prisão preventiva do homem identificado. O autor foi preso, na manhã de hoje (26), em Minas Gerais. A identificação e prisão do criminoso somente foi possível pela atitude corajosa da denunciante e pelo trabalho em conjunto realizado entre as Polícias Civis de Goiás e Minas Gerais, o que certamente resultou no socorro à criança, que conta com apenas 6 anos de idade. Os policiais civis apreenderam o telefone celular do autor e um caderno de anotações da criança, onde ela fez desenhos que retratam o crime sofrido.
Este trabalho demonstra que a internet não deve ser vista como terra sem lei, pois, mesmo que o aplicativo “FaceCast” tenha empresa sede localizada nos Estados Unidos, a Polícia Civil possui meios e contatos para buscar informações que possibilitem a identificação de criminosos, estejam onde estiverem.